Foto: Fred Matos
além de onde nascem as fúrias
um bezerro desgarrado berra
o rei destronado canta
nada nunca fez sentido
é muito bom que assim seja
e que a chuva lave o asfalto
um dragão cultiva orquídeas
as crianças não são tímidas
as portas são de cortiça
os lençóis de nuvens claras
amanhã é um velho cego
as moças varreram a sala
doze guerreiros se ajoelham
os pássaros perseguem ratos
há um cheiro de erva cidreira
madrepérolas pingam dos dedos
nada nunca fez sentido
é mesmo bom que nunca faça
a princesa dança um tango
o poeta rói palavras
para ao cabo desta trança
tirar o violão do saco
separar um ramo verde
e sorrindo bater asas.
Fred Matos
além de onde nascem as fúrias
um bezerro desgarrado berra
o rei destronado canta
nada nunca fez sentido
é muito bom que assim seja
e que a chuva lave o asfalto
um dragão cultiva orquídeas
as crianças não são tímidas
as portas são de cortiça
os lençóis de nuvens claras
amanhã é um velho cego
as moças varreram a sala
doze guerreiros se ajoelham
os pássaros perseguem ratos
há um cheiro de erva cidreira
madrepérolas pingam dos dedos
nada nunca fez sentido
é mesmo bom que nunca faça
a princesa dança um tango
o poeta rói palavras
para ao cabo desta trança
tirar o violão do saco
separar um ramo verde
e sorrindo bater asas.
Fred Matos
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