segunda-feira, novembro 3

salvador


ilustração: foto de Mário Cravo Neto


meus sapatos sempre traçam
um noturno itinerário
por caminhos pelourinhos

mas não te quero paisagem
como se fosses cena fria.

és, em mim, mais que cidade
onde meus silêncios calam
desavidas fantasias.

és a dialética síntese
dos íntimos mecanismos
da minha psicopatia.




Fred Matos
publicado em "Anomalias".
Editora Kelps
Setembro/2002

4 comentários:

Adair Carvalhais Júnior disse...

Gsotei dese Fred.

gde abraço

Fred Matos disse...

É do "Anomalias", Adair, pensei que você conhecia (risos).
Obrigado, amigo.
Abração

Soledade disse...

Este poema sempre me comoveu. E agora às vezes penso em si, longe dos seus "caminhos pelourinhos"...

Beijo

Fred Matos disse...

Pois é, longe dos caminhos pelourinhos, mas a verdade é que gosto muito de conhecer outros lugares. Não reclamo desta minha vida cigana.
Beijos.

pesquisar nas horas e horas e meias