venho colecionando frases vãs
para uma colcha de retalhos:
são versos que sobraram
de poemas que não escrevi.
uns dos outros diferem
na métrica
na rima
no escopo.
alguns me deixam louco:
me acordam no meio da noite
reclamando que os esqueci.
quase todos estão velhos
amarelando os cadernos
que substituí pelo Word® .
aqueles mais recentes,
são frágeis sobreviventes
na lixeira do Windows® .
enquanto faço poemas
ouço Bill Gates® sorrindo.
Fred Matos
publicado em "anomalias".
editora kelps
setembro/2002
publicado em "anomalias".
editora kelps
setembro/2002
12 comentários:
Sou a primeira a comentar o novo poema.
Identificação.
Os versos também me acordam no meio da noite.
Gostei muito.
Abraços
Fico contente por você gostar, Rossana, e por se identificar.
Obrigado.
Beijo
Que beleza de blog, Fred. Colcha de retalhos é uma preciosidade. Redondinho, redondinho. Amei.
Perfeito...Boa leitura aqui é da ordem.
Adorei!
Bjos de luz!
Olá Fred! Lindo e surreal.
Poemas esquecidos, se em retalhos, (que também possuo) dará, quem sabe um novo poema de sua genialidade.
Parabéns!
Abraços
Mirze
puxa camarada!
você tem uma verve
um humor
um jeito mão pé
de recolher
amassas moldar destravar
essa coisa real mais que real
e depois criar recriar
nonsenses
evoé, meu caríssimo poeta!
eu também so(u)rio com seus poemas.. rs..
Obrigado, Gerusa. Fico contente com a sua visita, leitura e comentário.
Beijos
Que bom que você gostou, Fernanda. Fico contente.
Beijos
Bondade sua, Mirse.
Obrigado.
Abraços.
Evoé, Fernando.
Sua visita, leitura e comentário me deixam contente.
Obrigado.
Abração
Mas só o Bill Gates® sorri porque lucra, Nina.
Rindo muito aqui.
Obrigado.
Beijos
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