falemos sobre as pequenas coisas que nos cercam
falemos vagarosamente para que durem
um mínimo instante além do tempo que as fitamos
e ela não foi capaz de nos dar conforto
nem de solucionar os graves problemas humanos
enquanto caminhamos de mãos dadas
como Ricardo e Lídia à beira do riacho
onde eu nunca me havia dado conta dos pés de avenca
na sombra amarela do Ipê
façamos um pacto de silêncio para ouvir as águas
e os seixos que rolam no seu leito
façamos silêncio porque as palavras estão gastas
como os seixos que rolam ao sabor das circunstâncias.
2 comentários:
Um poema de respirar fundo, uma melancolia reconciliada, a sua sageza, Fred, que reconheço de tantos outros poemas.
Um beijo, meu amigo.
Obrigado pela visita e comentário, amiga.
Beijo
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