ilustração: foto de Luiz Fonseca
Os dedos tropeçam em maiúsculas duplas
A noite traz fantasmas - mendigos de amor
Estamos todos no mesmo mar eletrônico
Sonhos sem face da humanidade pós-moderna
Coroam delírios do Poeta Biônico
Poemas supersônicos cruzam oceanos de carências
Rimas sempre lentas lembram barcos à vapor
Calcanhares alados recolhem-se
- curvam-se ao período reumático
O poema volteia entre janelas
Fragmentos dourados do poeta extático
Poesia à deriva - sinal dos tempos
Prisioneiros de vírus mortais
Nos revelamos aos pedaços
Escrevendo todos ao mesmo tempo
- frenéticos semi-deuses no anonimato
Falamos de guerras, amor e vento
Mutilamos-nos em busca de emoção
Olhos, boca, sorriso - simulam vôo de sanhaço
Feixe de elétrons no peito substituem o coração.
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