Eliane Stoducto ©
Eu poderia ficar horas te escutando
tuas piadas, teus projetos, teus enganos.
Eu poderia te olhar horas a fio,
enquanto tu fosses desfiando
as histórias da avó e dos teus filhos...
E ficaria horas contemplando
o teu jeito meio bobo e te adorando...
Ah, eu ficaria, sei que ficaria...
Com a atenção dispersando eu te olharia
sorrindo com ternura e simpatia,
a mente vagueando em outros planos,
ansiosa, procurando a fantasia
de te ter dentro de mim...
Ah, eu faria tudo isso, Ah, se eu faria!
Depois, quando calasses, eu te levaria
para os brancos lençóis,
então serias o meu dono...
Mas, hoje não, meu querido,
estou com sono...
Carioca, Eliane Stoducto, se formou em História, pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ).
Lecionou Geografia e História, fez pesquisas para o Centro de Pesquisa de História Econômica do Brasil (CEPHEB) e trabalhou como pesquisadora-assistente no projeto "Atenção à Saúde e Controle Social - 1900-1940", mas se afastou da vida acadêmica.
Nos anos 80 começou a escrever letras de música e participou de alguns festivais de MPB. Classificou-se no Festival de Juiz de Fora, 1981, com três músicas (letras), tendo obtido o 1o lugar, com a música Fênix. No mesmo ano classificou música em 4o lugar, no Festival de Ouro Preto e, em 1986 classifica-se no Festival de Muriaé. Ainda em 86, fez a direção do show “Aécio Flávio e Jane Duboc”, no Teatro do Parque, RE e no Palácio das Artes, BH.
A partir de 1979, trabalhou como colaboradora do escritor e roteirista Armando Costa, parceiro e amigo, em alguns seriados para TV , com o qual fez, posteriormente, a adaptação para teatro de "O Analista de Bagé" (1982), tendo escrito, em parceria com ele, a peça "Filhos da Pátria!" (1983).
Com o nascimento de seus dois filhos, Eliane afastou-se durante 14 anos, cuidando dos meninos e escrevendo crônicas e poesias.
A partir de 1999 criou dezenas de websites para publicação de textos seus e de outros poetas, tornando-se responsável pela aglutinação, surgimento e divulgação de centenas de poetas contemporâneos cuja obra é preponderantemente publicada na Internet.
Li Stoducto faleceu prematuramente no dia 08 de abril de 2007.
ilustração: foto de Luc Selen
Eu poderia ficar horas te escutando
tuas piadas, teus projetos, teus enganos.
Eu poderia te olhar horas a fio,
enquanto tu fosses desfiando
as histórias da avó e dos teus filhos...
E ficaria horas contemplando
o teu jeito meio bobo e te adorando...
Ah, eu ficaria, sei que ficaria...
Com a atenção dispersando eu te olharia
sorrindo com ternura e simpatia,
a mente vagueando em outros planos,
ansiosa, procurando a fantasia
de te ter dentro de mim...
Ah, eu faria tudo isso, Ah, se eu faria!
Depois, quando calasses, eu te levaria
para os brancos lençóis,
então serias o meu dono...
Mas, hoje não, meu querido,
estou com sono...
Carioca, Eliane Stoducto, se formou em História, pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ).
Lecionou Geografia e História, fez pesquisas para o Centro de Pesquisa de História Econômica do Brasil (CEPHEB) e trabalhou como pesquisadora-assistente no projeto "Atenção à Saúde e Controle Social - 1900-1940", mas se afastou da vida acadêmica.
Nos anos 80 começou a escrever letras de música e participou de alguns festivais de MPB. Classificou-se no Festival de Juiz de Fora, 1981, com três músicas (letras), tendo obtido o 1o lugar, com a música Fênix. No mesmo ano classificou música em 4o lugar, no Festival de Ouro Preto e, em 1986 classifica-se no Festival de Muriaé. Ainda em 86, fez a direção do show “Aécio Flávio e Jane Duboc”, no Teatro do Parque, RE e no Palácio das Artes, BH.
A partir de 1979, trabalhou como colaboradora do escritor e roteirista Armando Costa, parceiro e amigo, em alguns seriados para TV , com o qual fez, posteriormente, a adaptação para teatro de "O Analista de Bagé" (1982), tendo escrito, em parceria com ele, a peça "Filhos da Pátria!" (1983).
Com o nascimento de seus dois filhos, Eliane afastou-se durante 14 anos, cuidando dos meninos e escrevendo crônicas e poesias.
A partir de 1999 criou dezenas de websites para publicação de textos seus e de outros poetas, tornando-se responsável pela aglutinação, surgimento e divulgação de centenas de poetas contemporâneos cuja obra é preponderantemente publicada na Internet.
Li Stoducto faleceu prematuramente no dia 08 de abril de 2007.
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