ilustração: foto de Dila Luna Matos
é crer ser de tudo o cerne
o carma da minha condição
sou o modelo do eticamente correto
do esteticamente belo
do perfeito equilíbrio das massas geométricas
do jogo das sombras
do ritmo regular
musical
poemático
mágico
áureo
a minha loucura é o paradigma da razão
os deuses são fiéis à minha imagem e semelhança
mas deixei escapar planetas entre os dedos
quebrei a forja onde gerava sóis
desaprendi a arte de dar nome aos bois
e disse-me homem
e disse-me artista
e disse-me poeta
e desaprendi a voar
a conversar com os bichos
com as plantas
com as crianças
só não perdi a ilusão de ser de tudo o cerne:
é o carma da minha condição.
Fred Matos
publicado em "Anomalias".
Editora Kelps
Setembro/2002
o carma da minha condição
sou o modelo do eticamente correto
do esteticamente belo
do perfeito equilíbrio das massas geométricas
do jogo das sombras
do ritmo regular
musical
poemático
mágico
áureo
a minha loucura é o paradigma da razão
os deuses são fiéis à minha imagem e semelhança
mas deixei escapar planetas entre os dedos
quebrei a forja onde gerava sóis
desaprendi a arte de dar nome aos bois
e disse-me homem
e disse-me artista
e disse-me poeta
e desaprendi a voar
a conversar com os bichos
com as plantas
com as crianças
só não perdi a ilusão de ser de tudo o cerne:
é o carma da minha condição.
Fred Matos
publicado em "Anomalias".
Editora Kelps
Setembro/2002
3 comentários:
Ser poeta maior ou ser sensível não é condição. Nem carma.
É faculdade e manifestação humana!
P.S - humildemente agradeço o último comentário que me fez.
sempro bom te reler
abraço
eu que agradeço aos amigos tão gentis nos comentários.
abraços.
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