para Fred Matos
já não me vejo em mim presente.
me busco em mim, de mim me assomo,
quero encontrar-me e não sei como
antigamente...
me bato à porta e estou ausente.
e no silêncio em que me domo,
ouço meu grito onde me clono
em um demente...
já tarda a hora, infelizmente.
no trago último que tomo,
ao "sou" que fui um zero somo
e sigo em frente...
ao caminhar perdidamente,
encontro a mim e me retomo,
e o preto-e-branco invade o cromo:
eu novamente...
já não me vejo em mim presente.
me busco em mim, de mim me assomo,
quero encontrar-me e não sei como
antigamente...
me bato à porta e estou ausente.
e no silêncio em que me domo,
ouço meu grito onde me clono
em um demente...
já tarda a hora, infelizmente.
no trago último que tomo,
ao "sou" que fui um zero somo
e sigo em frente...
ao caminhar perdidamente,
encontro a mim e me retomo,
e o preto-e-branco invade o cromo:
eu novamente...
Nascido em Pau dos Ferros, RN, em 1967, Antoniel Campos mora em Natal, é poeta e engenheiro civil. Publicou: “Crepes e Cendais”, 1998, “De cada poro um poema”, 2003 e “A esfera”, 2005.
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