segunda-feira, novembro 17

desterrado

Foto: Fred Matos


para Eduardo e Drika



o mar, pai distante, ouço ainda.

o cheiro da espuma salgada,

não obstante as leis naturais,

tenho impregnado nas narinas.

 

em paulista terra desterrado

cumpre-se hoje a minha sina,

vivendo, como em nau imaginária

num quarto de hotel em Campinas.

 

mas não me queixo da sorte,

esta imprevisível amiga,

nem da imponderabilidade da vida:

 

viver é como navegar sem rumo...

e ser feliz é enfrentar o mar

e na tempestade não perder o prumo.

 

Fred Matos

Publicado no “Eu, Meu Outro”

Editora Poesia Diária

Maio/1999

 

2 comentários:

J.R. Lima disse...

muito bom, isto, uma ótima descoberta este blogue!

grato pela visita aos rascunhos poéticos!

Um abraço!

J.R.Lima
http://ecosdiversos.blogspot.com

Fred Matos disse...

Obrigado, J.R.
Gostei dos seus poemas e voltarei sempre ao Rascunhos Poéticos.
Abraços

pesquisar nas horas e horas e meias