dormir e sonhar é o quanto me basta
já é tarde para uma vida de aventuras
aonde vai aquele moço mãos nos bolsos
e passos de quem não quer chegar?
e a minha curiosidade inútil
até onde?
os jornais de hoje não têm novidades
são velhos antes que a tinta seque
e ademais estou cansado de sofrer
todas as dores da humanidade
por isso é que vim para a janela
com a esperança de que ela passe
e leve consigo meus olhos
para sempre impressos nas suas ancas.
Fred Matos
5 comentários:
Fred, que espantosa realidade que este poema me faz chegar...
belo demais!
Beijo,
mariah
Acho triste que uma pessoa se sinta cansado de sofrer as dores da humanidade, mas é um bom poema.
Abraços
Mariah,
Como disse o Maurício, que comentou depois de você, "é triste que uma pessoa se sinta cansado de sofrer as dores da humanidade", e, como disse você "é uma espantosa realidade".
Pensando melhor, eu não diria que é uma realidade, já que nem sempre me sinto “cansado de sofrer as dores da humanidade”, na maior parte do tempo ainda me disponho a senti-las e, sendo assim, não é uma realidade absoluta, se é que existem realidades absolutas. Não excluindo a possibilidade de que outras pessoas sintam-se assim todo o tempo
Todo este longo papo é apenas pra dizer que é apenas um poema, no máximo um retrato de um determinado momento de enfado.
Agradeço-lhe, e ao Maurício, pela leitura e gentileza dos comentários.
Beijos&abraços.
aventura teu nome é Vida
o moço com a mão no bolso
vive o que ninguém conhece
sua curiosidade caminha ao lado dele
os jornais apenas repetem
a humanidade é de pouco interesse
e da janela olhos balançam
ao rebolados das ancas
por que não segue
até a cama
ali tuda recomeça
sua aventura
abraços amigo
Abração, Iosif
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