sexta-feira, novembro 14

na memória dos espasmos – Antônio Mariano Lima


ilustração: Robert Moris

Antônio Mariano Lima ©



uma cerveja suando
uma mulher mijando

e o que mais restou
num torvelinho de imagens
em transe de morte?

a vida menor que um susto
um oásis na tempestade
um besouro contra as vidraças



Antônio Mariano nasceu em João Pessoa (PB) em 20 de agosto de 1964. Seus primeiros textos (letras de música) datam de 1981. Em 1984 conquistou o 1º lugar no I Concurso de Poesia do SESC (Serviço Social do Comércio da Paraíba), participou na antologia do movimento Oficina Literária, coordenado pelo poeta Antônio Arcela, na "Seção Tudo", de O Diário da Borborema, de Campina Grande, e na extinta Presença Literária, assinando Mariano Nânton. Antonio Mariano tem textos publicados nos suplementos literários Correio das Artes, Usina, Ler, Blocos(RJ), O Capital (SE), Periscópio (SP), A Cigarra (SP) entre outros e no Jornal A União. Publicou “O Gozo Insólito” (1991) e “Te Odeio com Doçura” (1995) ambos pela Editora Scortecci, de São Paulo. Integrou o Catálogo da Produção Impressa nos Anos 90, publicado pela Editora Blocos, Rio de Janeiro, 1995. No panorama internacional, integrou a PLANETARIA Antologia di Letteratura Contemporanea Multilingue, Edizioni Universum, Itália, 1997, organizada por Giovanni Campisi. Entre outros prêmios conquistados, destacam-se: Prêmio Jovem Escritor, promovido pela Secretaria de Cultura e o suplemento Correio das Artes(1986) e I Concurso Estadual de Poesia Cidade de Guarabira(1993), idealizado pelo então Secretário de Cultura, poeta Sérgio de Castro Pinto. Ativista cultural, organizou para o seu sindicato o "I Concurso Sintserf para Poemas Político-Sociais (1993). Com os poetas André Ricardo Aguiar e José Caetano criou em 1997 o selo alternativo Trema Edições, bem como a revista homônima, dedicados à literatura alternativa. Organizou um dos projetos ambiciosos do selo: "Vozes Femininas da Poesia Paraibana", iniciativa pioneira no Estado da Paraíba. Sobre sua poesia, manifestaram-se entre outros, ensaístas e poetas como José Paulo Paes, Mário Hélio, Fábio Lucas, Nelly Novaes Coelho, Chico Viana, Paulo Henriques Britto e Fernando Py.

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