ilustração: foto Adenor Gondim
cansados
voltam para casa
quando a tarde cai
uns de ônibus
carro metrô bicicleta
a pé até
que a carestia não dá trégua
e o da passagem pode ser pra o pão
passam rodas
narizes varizes
da cidade
artérias negras entupidas
só a fumaça não passa
aquele vai lento
atento a peitos ancas bundas
outro corre para o ponto
donde parte o lotação
buzinas buzinas impropérios
o trânsito atravancado
indica que a vida segue seu curso
e que ser feliz é ter para onde voltar
quando a tarde cai
Fred Matos
4 comentários:
voltam pra casa
quando a tarde cai
e o que os cerca
é um violento aiiiii!
e a vida continua
pra tarde do dia seguinte
nada melhorou
nem mudou
o mesmo inferno
ao redor
É verdade, Yosif, no entanto voltam...
Abração
É, tens razão... felicidade é simplesmente isso! =) Agradeço a visita no meu blog Monopólio da Mente. Tuas poesias são lindas e teu blog é muito feliz e colorido! Voltarei mais vezes aqui! Sucesso com tua literatura! Bjs
Agradeço-te por retribuir a visita, pela leitura e pelo comentário gentil, Caroline.
Beijos
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