sexta-feira, dezembro 5

o corte final


não sei quem é o autor da foto


eu também, meu caro waters,
estive preste ao corte final,
a deixar que todos vissem
palavras de sangue na parede
com a letra de uma canção

eu também, meu caro waters,
queria mostrar meu lado fraco
sucumbir à absoluta alucinação
escrever com sangue na parede
os versos de outra canção

eu também, meu caro waters
não tive coragem pro corte final
mas tenho a lâmina guardada:
talvez em alguma madrugada
eu escreva a definitiva canção.



Fred Matos
05/12/2008


2 comentários:

Anônimo disse...

Fred
não posso deixar de fazer um link deste post, e publicar este poema no meu bloGspot!

beijinhos
maria

Fred Matos disse...

Recebo isso como um imenso elogio, Maria, principalmente por você ser uma ótima poeta. Obrigado.
Beijos

pesquisar nas horas e horas e meias