quarta-feira, dezembro 17

desterrado


para Eduardo e Drika

Foto: Fred Matos


O mar, pai distante, ouço ainda.
O cheiro da espuma salgada,
não obstante as leis naturais,
tenho impregnado nas narinas.

Em paulista terra desterrado
cumpre-se hoje a minha sina,
vivendo, como em nau imaginária,
num quarto de hotel em Campinas.

Mas não me queixo da sorte,
esta imprevisível amiga,
nem da imponderabilidade da vida.

Viver é como navegar sem rumo...
e ser feliz é enfrentar o mar
e na tempestade não perder o prumo.




Fred Matos
publicado em “Eu, Meu Outro”
Editora Poesia Diária
Maio/1999

19 comentários:

Cris Animal disse...

Que a sua bússola seja sempre a luz das estrelas quando anoitecer nesse mar que leva para tantos lugares.
Com carinho.........Cris Animal

Fred Matos disse...

Obrigado, Cris.
Beijo

Sabrina Sanfelice disse...

Deliciosa descrição...

Beijos

Fabi disse...

Ai Fred, como eu gosto das imagens que vc suscita em seus poemas...

"Viver é como navegar sem rumo...
e ser feliz é enfrentar o mar
e na tempestade não perder o prumo."

Perfeito!!!

Abraço...

Fabi

Anônimo disse...

A sorte nos leva a lugares antes inimagináveis, não é mesmo?...

Beijos!

Abraão Vitoriano disse...

que poesia doce, encantadora... gostei do seu espaço!

anareis disse...

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alineaimee disse...

Nunca, nunca perder o prumo, e nadar corajoso nas ressacas da vida! Belo!

Fred Matos disse...

Obrigado, Sabrina, pela visita, leitura e comentário.
Beijos

Fred Matos disse...

Fico contente que você goste, Fabi.
Obrigado.
Abraço

Fred Matos disse...

É verdade, Lilian. Por motivos profissionais eu já morei, além de Salvador, que é a minha cidade, em Santo Antônio de Jesus(BA), Campinas(SP), Belo Horizonte(MG) e, agora, em Maceió (AL).
Obrigado, pela visita, leitura e comentário.
Beijos

Fred Matos disse...

Fico contente, Menino-homem, espero que volte sempre.
Abraço

Fred Matos disse...

Posso colaborar com livros, anareis. Entre em contato com a minha esposa através do e-mail dilluna@gmail.com

Fred Matos disse...

É isso mesmo, Aline. Pelo menos tentar.
Obrigado pela vista, leitura e comentário.
Beijos

hfm disse...

Sabe que tenho no meu livrinho de apontamentos (um dos muitos) os versos abaixo desde que vc me ofereceu o livro?

Viver é como navegar sem rumo...
e ser feliz é enfrentar o mar
e na tempestade não perder o prumo.

Fred Matos disse...

Pois, é, Helena. Este ano, completaram-se 10 anos que comecei a minha participação nas listas de poesias e você foi uma das primeiras pessoas que conheci nas listas, portanto, já são mais de 10 anos de amizade.
Já este soneto, é de 2005, ano que me mudei para Campinas. Ele vale por este terceto final no qual acho que fui inspirado, no geral acho-o fraco.
Obrigado, querida.
Beijos

Anônimo disse...

o mar é minha vida
nada mais sublime
olhar as ondas
sentir as espumas
muitos meses longe dele
arrancado da beira da praia
sobrevivia
sabia que retornaria
não passo um dia
sem o contemplar
nele me banhar

Fred Matos disse...

Campinas, em São Paulo, e Belo Horizonte, em Minas Gerais, são ótimas cidades, mas não têm mar. Felizmente agora o destino me trouxe para mais perto de Salvador e, sobretudo, para uma cidade do litoral. Não tem jeito: sou caiçara.
Obrigado, Iosif.
Abração

Anônimo disse...

Erramos

Na resposta para Helena, lá em cima, consta:

"Já este soneto, é de 2005, ano que me mudei para Campinas"

Desculpem o erro do nosso blog, o ano correto é 1995.

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