foto: Fred Matos
o verão é um saco quente
este calor me angustia e o tédio
de tanto azul e luz demais
demasiadamente lerdo
pifou-me o ar condicionado
não há reparo para o velho
um novo não cabe no orçamento
saio do banho suando saio do sério
não há água que aplaque a sede
o sal do mar me entranha a pele
mesmo as palavras soam secas
pedras de fogo polidas a martelo
ah! um útero úmido que me guarde
até que passe este cacto pesadelo.
Fred Matos
16/11/2002
2 comentários:
Olá, Fred!Gostei do poema, sobretudo da última estrofe. Agradeço a visita.
Abraço grande
Obrigado, Elizabeth.
Espero que me visite mais vezes.
Abraços
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