quarta-feira, dezembro 3

verso torto


não sei quem é o autor da ilustração


se um verso torto
de pé quebrado

um mero esboço
sem tinta ou traço

se me oferece
pedindo abrigo,
eu o acolho
tal cão vadio,
eu o abraço
tal cria minha,
eu o enfeito
terçando rimas,
eu me empenho
para que siga
com a cadência
de valsa antiga.

mas minha sina
não é de Midas
e o verso vai,
tal qual formiga,
na rota certa
do formicida.



Fred Matos
publicado em "Anomalias".
Editora Kelps
Setembro/2002


2 comentários:

Adrianna Coelho disse...


e apesar de não concordar coma rota certa dos seus versos, adorei o poema... rs

beijos, fred!

Fred Matos disse...

Obrigado, Pavitra.
Beijos

pesquisar nas horas e horas e meias