chave
não sei quem é o autor da ilustraçãodigo chave
há quem leia
cadeia
se é este
o espírito que o norteia
há quem entenda
abertura
se com a alma leve
não procura
prisão onde há liberdade
assim é com qualquer palavra
pão... ilusão... cidade...
que eu ponha num poema
estrada... teia... istmo... esquema
Fred Matos
26/01/2009
pesquisar nas horas e horas e meias
15 comentários:
as portas da percepção
podem ser poemas
e na fechadura do não
giram senhas
Fred, olá
Esta primeira estrofe é um poema dentro de um poema. Gostei muito.
“digo chave
há quem leia
cadeia
se é este
o espírito que o norteia”
Bem, cá estou eu, seguindo alguns blogs. Você gostou da formatação que fiz do teu poema? Não foi simples, talvez o poema dispense outras imagens.
Olha, dá uma olhada em http://pousio.blogspot.com/
Beijo da Sonia
senhas contudo
podem ser enigmas
e a percepção
vão paradigma
Obrigado, Taiyo, pela visita, leitura e quadra-comentário.
Abraços
Grato pelo comentário, Sonia.
Sim, gostei da formatação.
Já estive no seu blog, gostei, passo a acompanhá-lo.
Vejo que você me devolveu o bumerangue: aquela tarefa que Adair passou pra você, recebeu do Joeldo, que recebeu de mim. Fecha-se o círculo, portanto. Até porque o livro que está próximo hoje é o mesmo que estava ontem quando a tarefa me foi passada.
Bom te ver de volta.
Beijos.
interessante, Fred. Com este(a) chave, outra cadeia, novos nortes. E não é este um jogo de palavras, antes, talvez, uma interpenetração dos sentidos.
Feliz por tê-lo me acompanhando, embora esse blog (pousio) pretendesse, quando o criei, albergar poemas especificamente de épocas de restauração. Talvez vá deixando de ser assim. Foi o que aconteceu com a tarefa-bumerangue.
Também fico contente por estar de volta.
Beijos
Olá, Fred! Muito bom o poema que versa exatamente sobre esse poder, esse potencial das palavras (sobretudo quando elevadas a condição mais poética) de dizer muito para as pessoas, sendo que cada leitura é uma nova viagem, havendo ainda diversas interpretações! Bacana!
Eh, Fred, e teu lexemas parecem que englobam todos os esquemas e também aqueles que ainda não foram enquadrados como lemas! Muito bom como tudo que escreves!
Pois é, Rafael. O poder das palavras me assusta. Não apenas das palavras, é bom que se diga, mas da maneira como a palavra é dita (com a ênfase, não apenas com as palavras, Hitler convenceu a imensa maioria dos alemães à barbárie patrocinada pelo Estado).
Além disso: as palavras, que por si só podem ser interpretadas de formas diferentes, não apenas por indivíduos diferentes, mas até mesmo pelo mesmo indivíduo em circunstância diferente, torna-se ainda mais “subjetiva” na sua decodificação quando desacompanhada de outros signos de linguagem: a expressão corporal, o brilho do olho, a entonação da voz, etc etc etc.
Este é um assunto que me atraí e que costumo explorar na minha poesia, tanto como técnica de construção (deixar espaços imensos para as abstrações dos leitores), quanto como assunto mesmo, como neste poema.
Agradeço-lhe a visita, a leitura e comentário.
Abraços
Obrigado, Ariane. Contente por você gostar.
Esse jogo de palavras e idéias é bem interessante. Muito bom esse poema. Abraço.
Obrigado, Adriana.
Abraço
adorei... há muitas leituras possíveis.
beijo
Obrigado, Mê.
Bom te ver aqui.
Beijo
Se eu tivesse lido este antes do anterior, o soneto dedicado a Caetano, talvez não tivesse feito o comentário que fiz lá, mas vou deixar.
Abç
Maurício,
É perfeitamente natural que você não goste de todos os poemas, fico contente por não ter apagado, e não vejo porque a leitura deste poema possa mudar algo na sua crítica ao outro poema.
Abração
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