não sei quem é o autor da foto
entre o caos e a calmaria
a borboleta baila e o asno
carrega carga na cangalha
se o poema fosse filosofia
ela apesar de leve choraria
ele suado seguiria cantando
pois são assim as mensagens
que se dizem edificantes
mas o poema é um retrato:
a borboleta voou pra longe
o asno sumiu do outro lado
foi só isso que ficou na memória
não sei portanto o fim da história
Fred Matos
18/02/2009
19 comentários:
Fred,
sua imaginação voou alto, altíssimo...
Desde o título, o poema é um convite para outras realidades. Que ballet de imagens, ludicidade, linguagem e conteúdos!? Belíssimo texto!
Porém, desde já lhe digo, quando você souber o final [trágico?...] dessa linda fábula, não deixe de nos contar. Muito embora, a "moral da história" já esteja implícita nas suas linhas...
Ai, meu Deus, Adorei! E que frases! Transcrevo uma referente ao asno, que suado ou não:
"carrega carga na cangalha".
E, enquanto isso, a borboleta segue os seus voos de borboleta...
Amigo, sua poesia é demais+++
Abraçossssssssssss
H.F.
Obs: Esse depois também irei postar, viu?
Fred,
sua imaginação voou alto, altíssimo...
Desde o título, o poema é um convite para outras realidades. Que ballet de imagens, ludicidade, linguagem e conteúdos!? Belíssimo texto!
Porém, desde já lhe digo, quando você souber o final [trágico?...] dessa linda fábula, não deixe de nos contar. Muito embora, a "moral da história" já esteja implícita nas suas linhas...
Ai, meu Deus, Adorei! E que frases! Transcrevo uma referente ao asno, que suado ou não:
"carrega carga na cangalha".
E, enquanto isso, a borboleta segue os seus voos de borboleta...
Amigo, sua poesia é demais+++
Abraçossssssssssss
H.F.
Obs: Esse depois também irei postar, viu?
Geralmente prefiro os finais hilários, Hercília, mas o curso normal das coisas é que os finais sejam mortais, coisa que não é necessariamente trágica, além, é claro, da hipótese de não haver final algum, porque talvez esteja correta a Lei da Conservação da Massa de Lavoisier, aquela que diz que “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.”
Mas obviamente deve haver opinião contrária e se eu tenho uma teoria própria a respeito é preciso ainda fundamentá-la matematicamente, e tomei pau na matéria.
Ciências à parte, agradeço-lhe a generosidade com que se dedica a ler, dissecar e comentar minhas brincadeiras.
Claro que pode postar.
Obrigado.
Beijo
Seja hilário ou trágico... o que importa é que o texto é muito, muito bom!
Mas, não deixa de nos contar...
Ah, espero que este comentário não lhe chegue "duplicado", coisas do blogger (risos).
Beijos, poeta!
genial! eu que sou borboleta já nem me importo com (minhas) asneiras e parvices ;)
Simples....Vôos nas asas de uma borboleta e nos passos de um asno. Me deu saudades de quando eu lia poesia, livros infantis para meus filhos....tem algo de puro!
beijo
..............Cris Animal
Eu achei ótimo vir em duplicata, Hercília. Assim meu ego ficou duplamente afagado. Mais uma vez agradecemos-lhe (eu e o ego, cujo apelido é "meu outro" e a quem alguns atribuem meus versos).
Beijos
Eu também não me importo com as minhas, Nina. Importa mesmo é agradecer a gentileza da sua visita, leitura e comentário.
Beijo
Continue lendo pra seus filhos, Cris, mesmo que eles não ouçam. Obrigado, amiga.
Beijos
a borboleta é uma crisálida, se transformou...esse é o fim da estória...rs,s´o não vai me dizer q ela tbm virou asno!!! adorei o poema-quase´-estória.
O seu final é uma possibilidade científica, Adriana, e eu tenho imenso respeito pelas possibilidades científicas, mas, mesmo que não tivesse, respeitaria o seu final, porque a cada um é dado escolher o final que achar mais apropriado. (rindo também aqui).
Agradeço-lhe a visita, leitura e comentário.
Beijos
não sei porque, mas me lembrou " a história da borboleta que se apaixonou por um soco”
Não conheço, mas deve ser uma história interessante, Camila.
Grato pela leitura e comentário.
Beijo
Continuo dizendo...Agora sei mais ainda
Bjs
Sua imaginação é mais fértil que a minha, Lick.
Te amo.
Beijão.
rsrsrsrs...
fiquei a imaginar
uma lagarta a sonhar
com o início dessa história
o fim
o fim fred
você tem razão
pouco importa
muuuito bom!
dê-nos o início, Fernando,
que nele eu não havia chegado
estava com o nariz enfiado
na toca onde vez em quando
fico de papo-furado
com algum outro malandro
grande abraço.
Fred,
vejo que a fábula/parábola de a borboleta e o asno está fazendo muito sucesso. Parabéns!
Poesia é isso = portal para idéias e reinvenções. Que bom!
Mas, estava pensando cá entre os meus botões...
eu pensava que a história já tinha tido um início, ou mesmo um espaço/cenário de configuração, onde torna-se possível o “impossível crível”. Engano-me?
A coisa toda não se dá entre o caos e a calmaria?... Então, penso que aí consiste o princípio de tudo, de câmera, luz, ação [Ou não?!...].
Bem, mas polêmicas a parte..., passei para dizer-lhe que irei incluir essa linda fábula de nossa vã e civil civilidade na continuidade do Lúdico na Blogosfera, ok poeta?
Forte abraço,
H.F.
Obs.: Muito obrigada por suas visitas ao HF diante do espelho, suas palavras são-me sempre preciosas. Beijos.
Hercília,
Diz-se que o conto desenvolve-se em espaço fechado e num pequeno lapso de tempo, enquanto que no romance dá-se o inverso. E no poema? O poema subverte as noções de tempo e de espaço. Se na prosa existe o fantástico como argumento, na poesia o fantástico ocorre também na forma, sendo assim, não considero na poesia a existência de um antes (início) e de um depois (final), porque, caso existisse o tempo na poesia, não seria um tempo linear, exceto na hipótese de que eu quisesse escrever uma prosa em versos (que é como entendo os poemas épicos) ou escrever em versos um texto para teatro.
Mas considere também a hipótese de amanhã eu pensar diferente, porque eu não tenho verdades e algumas opiniões surgem no decorrer destes diálogos que vamos tendo aqui, e as externo sem a preocupação de que amanhã me venham cobrar coerência. Pois reservo a coerência para as atitudes do meu mundo real, que muito pouco tem a ver com o meu universo ficcional, na medida máxima em que é possível mantê-los afastados.
Pode usar o poema, sim.
Beijos
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