Ilustração: Edgar Degas "Femme nue étendue"
se
sem tato
crispados
os dedos percorrem
nuances de uma face imaginária
traçada a palavras
e imensos vazios
jamais inundados pelos nossos suores
contudo
sobre a mesa
uma garrafa de vinho
dois copos
olhos que não se vêem
e a solidão compartilhada
daqueles que sabem
brincar com a vida
e com a morte
Fred Matos
14 comentários:
Que vácuo da possibilidade de encontro, "imensos vazios jamais inundados pelos nossos sutores". sào essas faces imaginárias que povoam nossos poemas.
belo!
Fred,
amei o poema e, particularmente, o "contudo"...
DIVINO!
Forte abraço,
H.F.
"...faces imaginárias que povoam nossos poemas."
Pois é, Glória, quando tudo é imaginação a poesia se torna possível.
Agradeço-lhe a leitura e comentário.
Beijo
É, Hercília, o "contudo" possibilitou a impossibilidade.
Contente por você gostar, agradeço-lhe a visita, leitura e comentário.
Beijos
Fred, que poema mais saboroso!"e a solidão compartilhada
daqueles que sabem
brincar com a vida
e com a morte". BELO. bJ
Pois é, Adriana. Eu creio que, de certa forma, os demiurgos são sempre solitários e é preciso que sejam, que tenham este espaço íntimo de solidão para a construção do universo fictício da literatura.
Obrigado pela leitura e comentário.
Beijo
Belo blog, lindo poema.
Abraços,
Cris
Obrigado Cristiana. O seu também é um belo blog: são ótimos os seus desenhos.
Abraços
Tanta verdade dita, em palavras traçadas num inigmático brilho!
É sempre agradável vir cá...
Beijinho terno!
Forte, Fred, e bonito.
a esperança se desenhando entrea vida e a morte.
Que bom que você gostou, Luísa.
Obrigado.
Ótimo domingo.
Beijos
Mas não tão belo, nem tão forte, quanto aquele para o seu pai.
Obrigado, Martha, pela leitura e comentário.
Ótimo domingo.
Beijos
Caro Fred,
faces imaginárias que inspiram nossos temas!!!!!!!
Excelente!
Beijinhos,
Ana Martins
Obrigado, Ana.
Beijos
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