quarta-feira, julho 15

dados


para o amigo Osvaldo Pastorelli



não sei quem é o autor da ilustração


é suposto que voe

o que é alado.
é suposto ser poema
o que é rimado.

e cada um ao seu modo
constrói sua fantasia
erige a sua verdade
por dicotomias:

se não é noite... é dia
se não é alegre... é triste
se não é campo... cidade.

aqui da minha janela
aberto a qualquer melodia
decido-me pelos dados
que mesmo tendo seis lados
não tem nenhum errado
ou que se preste a teorias.


Fred Matos

16 comentários:

Adriana Godoy disse...

Fred, adorei esa metáfora dos dados em que nada é uma coisa ou outra, mas sim as possibilidades que se tem, as facetas que podemos utilizr sem precisar estabelecer uma definição. Goste desse leque amplo que vc abriu em forma de poema. muito bom mesmo. Beijo.

Fred Matos disse...

Obrigado, Adriana, fico contente que você goste e pela sua leitura e comentário.
Beijos

L. Rafael Nolli disse...

Olá, Fred! Cara, que poema. O fim é arrebatador, fecha o poema com uma classe, deixando o texto rico, bem acabado! Gostei muito. Abraços!

Clarinha disse...

Temos tantos lado como o dado!!

mas poucos revelam isto!
obrigada pela visita no blog...
estou seguindo teus passos..rs

bjs

Mari Amorim disse...

Olá Fred,
A cada poema uma reflexão,gosto muito,
embora não tenho feito comentários,tenho passado por aqui com frequência nas madrugadas,e sempre encontrando uma leitura maravilhosa.
Boas energias
bjs
Mari

Fred Matos disse...

Obrigado, Rafael.
Deixou-me muito contente a sua visita, leitura e comentário.
Grande abraço.

Fred Matos disse...

Agradeço-lhe, Clarinha, pela visita, leitura, comentário e, sobretudo, por tornar-se acompanhante do blog.
Beijos

Fred Matos disse...

Olá Mari,
Deixa-me contente saber que você é leitora assídua do blog.
Obrigado.
Beijos

Priscila Manhães disse...

Adorei o poema, Fred.
muito bom.

Um beijo

Fred Matos disse...

Obrigado, Pri.
Fico contente por você gostar, e por vir, por ler, por comentar.
Beijos

nina rizzi disse...

somo-nos mistos. dialógicos. complementares.

e, aqui, sempre poesia. beleza demais, fred.

beijo :)

Fred Matos disse...

Obrigado, Nina.
Bom te rever por aqui
Beijos

Anônimo disse...

Olá querido Fred,

esse poema me lembra Derrida e as suas teorias de pluralidade. os dados sempre me pareceram justos.

beijos

Fred Matos disse...

Olá, Camila.
Fico contente que tenha vindo, lido e comentado.
Beijos.

Batom e poesias disse...

Gostei muito Fred.
bjs
Rossana

Fred Matos disse...

Obrigado, Rossana. Fico contente por você gostar.
Beijos

pesquisar nas horas e horas e meias