não sei quem é o autor da foto
desde aquela suíte do quebra-nozes
quantos anos você tinha?
treze? quatorze? quinze?
enamorei-me ao som de Tchaikovsky
você nunca me contou se naquela noite
sonhou ou não com ratazanas nem por que
só se sente equilibrada na ponta dos pés
e evita sempre que pode uma conversa séria
tornei-me ratazana das ribaltas e dos proscênios
pelo prazer de me prostrar aos seus pés maltratados
pés deformados pelo esforço do equilíbrio precário
pés que eu lavo, massageio, acarinho e agasalho
a nossa vida tem sido desde então o teatro
entre ratos será até o seu último salto.
quantos anos você tinha?
treze? quatorze? quinze?
enamorei-me ao som de Tchaikovsky
você nunca me contou se naquela noite
sonhou ou não com ratazanas nem por que
só se sente equilibrada na ponta dos pés
e evita sempre que pode uma conversa séria
tornei-me ratazana das ribaltas e dos proscênios
pelo prazer de me prostrar aos seus pés maltratados
pés deformados pelo esforço do equilíbrio precário
pés que eu lavo, massageio, acarinho e agasalho
a nossa vida tem sido desde então o teatro
entre ratos será até o seu último salto.
Fred Matos
6 comentários:
Belo texto, Fred!
Abraços,
Lou
Obrigado, Lou. Fico contente por você gostar.
Beijos
Lindo Fred!
A dança, e o ballet de um modo especial é uma arte belíssima. E o quebra nozes então...
Belíssimo poema!
Beijos
Mirse
Obrigado, Mirse.
Ótimo fim de semana.
Beijos
belisssimas palavras, outro abraço,
Fred, às vezes tenho dificuldade de acessar seu blog. É o único da minha lista que apresenta esse problema...bem agora consegui. E esse poema é uma dança quase cruel, uma percepção bem interessante da visão de uma bailarina. Gostei. beijo.
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