foto: pascal renoux
havia, quando ainda havia,
ávida de amor, uma menina
na geografia do seu corpo...
pausa para um copo de vinho
e acordes de violinos
eu dizia: havia, já não há.
e por não haver,
quem há de ser
aquela bailando ao luar?
é neste ponto que toca o piano
é uma sombra? uma miragem?
são trapaças do meu olhar?
já não faltam flautas
havia, sim, havia no ar
uma música suave,
um tênue perfume,
uma qualquer paisagem.
agora há um mar que me afoga,
qualquer rima,
qualquer droga
e nenhuma solução.
rufam os tambores
Fred Matos
publicado em "Anomalias".
Editora Kelps
Setembro/2002
e nenhuma solução.
rufam os tambores
Fred Matos
publicado em "Anomalias".
Editora Kelps
Setembro/2002
22 comentários:
Adorei, Fred!
Que lindo este teu entremeado com os instrumentos musicais.
Se consegue ouvir até a música embalando o poema!
BRAVO!!!!
Bjs e uma semana harmoniosa pra ti!
Nossa, O Poema. Lindo! Beijos.
Fico contente que você goste, Wania.
Ótima semana.
Beijos
Obrigado, Lara.
Ótima semana.
Beijos
Oi Fred,
poema bonito e bem versejado. Um abraço.
Perfeita harmonia entre a poesia e a música.As palavras bailam ao som dos instrumentos musicais.Um abraço.
Sem dúvida a música nos provoca miragens e quase sempre de amor.
Abraço
Poema muito bom, sugestivo, de ritmo encantatório, e com uma solução técnica bem interessante.
Abração.
Obrigado, Úrsula.
Contente pela sua visita, leitura e comentário.
Beijos
Que bom que você gostou, Ianê.
Grato pela visita, leitura e comentário.
Beijos
Eu acho que música é a linguagem dos deuses, Jacke, e, de fato, nos causa miragens, principalmente amorosas.
Obrigado, amiga, pela visita, leitura e comentário.
Beijos
O seu comentário me deixa muito contente, Zé Carlos.
Abração
boa canção de amar...
Obrigado, Henrique.
Abração
Olá Fred, obrigada pela visita e ainda mais por se colocar como seguidor do meu blog, me sinto honrada com isso, mas eu não sou escritora, utilizo o blog pra me distrair e treinar um pouquinho a escrita, rsrs...Vou acompanhá-lo também, abraços da carioca!
"agora há um mar que me afoga,
qualquer rima, qualquer droga
e nenhuma solução." O poema todo muito bom, mas destaco esses versos que me chamaram a atençao pela força poética. beijo.
Eu também uso o blog para me distrair e treinar a escrita, Tila.
Agradeço-lhe por vir, ler, comentar e tornar-se acompanhante.
Beijos
Obrigado, Adriana.
Aquele verso "qualquer droga", não sei não, nunca me contentou, mas tirá-lo nunca me ocorreu e não achei ainda um bom substituto.
Beijos
Quando havia a menina, há uma pausa na memória para o vinho e os acordes de violinos
No bailado do verbo haver, a memória do poeta brinca com a música sempre suave do sabor de uma
lembrança!
Maravilhoso, Fred!
Parabéns, POETA!
Beijos
Mirse
Fred, vi que você está seguindo meu blog.
Obrigada!
Com isso pude conhecer o seu magnífico trabalho.
É muito bom poder sentir as imagens que você cria em sua poesia.
Vou acompanhar o seu blog e segui-lo também.
beijos,
Obrigado, Mirse.
Deixa-me muito contente o seu comentário.
Beijos
Agradeço-lhe por vir, por ler, por comentar e por passar a acompanhar o blog, Isabel.
Volte sempre
Beijos
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