ilustração: Christina Neofotistou
perdoaria dívidas e ofensas com um sorriso nos lábios,
inverteria o rumo inexorável dos calendários,
faria fama de tolo entre os que têm fama de sábios.
sim, faria tudo ao contrário do que faço, se fosse santo:
no trânsito, por exemplo, faria mesura aos barbeiros,
acreditaria piamente que os políticos fazem tanto
bem à pátria, quanto aos seus interesses rasteiros
se eu fosse santo, meus amigos, seria vegetariano:
não usaria nada que tivesse qualquer célula de animal,
doaria a minha fortuna a uma instituição ambiental
se eu fosse santo, penso que poderia mudar o mundo,
como não sou, prefiro continuar vagabundo, indo mais fundo,
do que um santo poderia, no júbilo de ser um ser normal.
Fred Matos
11/10/2009
27 comentários:
Demais...
Agradeço-lhe a visita, leitura e o generoso comentário, Ana.
Beijos
se eu fosse santo, sumiria daqui!
abs
Fred te prefiro assim vagabundo (tu que falou...rsrsrs) e de idéias muito fecundo do que um santo querendo mudar o mundo!!!!
Agora, um santo assim, por certo teria um séquito de devotos...rsrsrs!
Gosto muito do que tu escreve,
Bjs
Ainda bem que não é, Tarcísio.
Abração.
Obrigado, Wania. Eu fico muito contente que você goste, sobretudo porque também gosto dos seus poemas.
Beijos
Fazer o quê, se não somos santos?...
Muito bom!
Abraço.
Jubilarmo-nos por sermos seres normais, Lara.
Obrigado por vir, por ler, por comentar.
Ótima semana.
Beijos
Oi Fred!
Acho que passando muito longe da santidade, eles, os santos, me deram um tempo hoje para visitar os amigos queridos, e encontro um poema desse, digamos glorioso.
Não posso canonizar nem santificar, e nem sei se acredito nisso direito, mas se eu pudesse eu o faria o santo dos grandes e aliviantes poemas.
Poemas que tocam a alma do ser humano normal que somos. O que difere em nós é o tempero da vida, às vezes mais apurado ao sabor do gosto e do des gosto.
Amei ter vindo aqui!
Lindo como sempre, parabenizo-o pelo poema!
Beijos
Mirse
Fico contente, Mirse, mais que pela sua visita, leitura e comentário, pelo fato de que os fados tenham lhe dado um dia mais leve, no qual você pode visitar os amigos. Em suma: espero que esteja tudo bem (ou pelo menos melhor) com você e com os seus familiares.
Obrigado, amiga.
Beijos
Fred, esse poema dá o que pensar. Você não é santo, mas um grande poeta, ainda bem. Beijo.
Às vezes eu acredito que sou mesmo, Adriana (risos), outras eu penso que não, que não é bastante saber tecer palavras de maneira agradável, que a minha poesia fica devendo em invenção, mas obviamente que são efetivamente muito pouco os poetas que criaram algo absolutamente novo.
Mas isso é coisa que não me tira o sono: não escrevo para ser grande poeta, se um dia tive essa ambição, já não tenho, curei-me; escrevo porque sinto prazer em escrever e, como negar, em receber comentários como o seu e de tantos amigos cuja generosidade não se pode pôr em dúvida.
Obrigado.
Beijos
Fred, penso que é melhor não ser santo... exige paciência inesgotável. Se vagabundo vc terá toda a simpatia, se santo exploração e alguns lhe teriam por otário. Esse céu não vale a pena, vale?
Ninguém é santo...e no fundo...ninguém é normal...boa,Fred
fred, ainda bem que tu num é santo, cabra, poesia assim, bem vagabunda é que é das boas. e que poesia mais boa de proseada. gostei demais :)
e mais pra baixo, homérico. uma coisa isso aqui.
descarregou a página? rsrsrs..
beijo :)
ah, não precisa ser santo para ser vegetariano, eu sou vegetariana e não sou nada santa, rs*
beijos, querido
MM.
, otimo, pena que nao é santo:))))
beijos e amanha apareòo outra vez...
Não, não vale, Regina.
Obrigado por vir, ler e comentar.
Beijos
Obrigado, Adriana.
Contente por você gostar.
Beijos
Gostei que você tenha gostado, Nina.
Pois é, descarreguei, ficou bem mais leve a página.
Beijos
É verdade, Mônica, pode-se ser vegetariano sem ser santo, mas não creio que se possa ser santo sem ser vegetariano, pelo menos não com a minha concepção de santidade.
Agradeço-lhe a visita, leitura e comentário
Beijos
Não tenha pena, não, Myra: gosto da minha condição humana. Talvez venha a preferir ser santo quando não mais puder usufruir das vantagens de não ser homem, oportunismo este que é inerente a ser o que sou e a não ser o que não sou. (risos).
Sim, venha mesmo. Deixa-me muito contente as suas visitas, leituras e comentários.
Obrigado.
Beijos
Maravilha de poema!!
Para ser santo é necessário alienar-se,daí não quero ser santa nuuunca...
A poesia é perfeita,mesmo!!!
Um beijo "santificado"!!!
Sonia Regina.
Obrigado, Sonia, pela visita, leitura e comentário.
Beijos
imagem boa e bela ao texto que se mostra
Eu já alcancei, Marcos, mas abdiquei porque achei muito chato. (risos).
Agradeço-lhe a visita, leitura e comentário.
Ótimo fim de semana.
Abração
Agradeço-lhe, Ediney, pela visita, leitura e comentário.
Volte sempre.
Ótimo fim de semana.
Grande abraço
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