sábado, janeiro 30

lâmina




ilustração: "La Nuit"
William Adolphe Bouguereau



crava a palavra
irreversível
crava e crava
irrevogável
punhal no verso

eclipsando sóis
audaz e aguda
a lâmina sangra
arcanos do medo

vá-se a sanha
sonha o imenso
sê inverso e voz
se todos os silêncios
são cios a sós


fred matos

26 comentários:

Indelével disse...

Poema teu
palavra
que se
crava
no
eu

Gostei fred!
Beijo grande

Fabio Rocha disse...

Que beleza!!

Abraços

Essência e Palavras disse...

Que belo Poema.
Fico encantada sempre que venho aqui!

Parabéns.

beeejo e bom domingo

Hercília Fernandes disse...

"...todos os silêncios
são cios a sós".

Belo poema, Fred. Nos últimos versos uma linda e profunda definição.

Palavra também é navalha. O silêncio também contém palavra, por vezes fere até mais a alma.

Muito apreciei.

Beijos,
H.F.

hfm disse...

a sílaba que silabo em cada verso teu. Belíssimo!

Penélope disse...

Passei para deixar-te um beijinho em teu coração e ler e reler esses belos e sentidos versos teus.
Bom domingo, meu amigo Poeta

Ryanny disse...

Mais que poema, Fred!


Definição maravilhosa!
Crava a palavra.


ps... Muito obrigada por mandar seu poema de 7 faces. Adorei!!!


Beijos,
Ry.

Fred Matos disse...

Que bom, Julia, que você goste, e que faça poesia como comentário.
Obrigado.
Ótimo domingo.
Beijos

Fred Matos disse...

Obrigado, Fabio.
Bom domingo
Abração

Fred Matos disse...

A mim encanta, Essência e Palavras, a essência das tuas palavras, que agradeço.
Ótimo domingo.
Beijos

Fred Matos disse...

Obrigado, Hercília.
É um luxo e me deixa muito contente uma leitora assim como és.
Ótimo domingo
Beijos

Fred Matos disse...

Obrigado, Helena.
Sempre fico muito contente quando você me visita e comenta.
Ótimo domingo
Beijos

Fred Matos disse...

Obrigado, Malu.
Fico muito contente por você vir e comentar.
Ótimo domingo.
Beijos

Fred Matos disse...

Sou eu que te agradeço, Ry, pela visita, leitura e comentário.
Ótimo domingo.
Beijos

Wania disse...

Fred

Lindas as tuas imagens poéticas!
As palavras sabem ser afiadas quando querem...e cravam fundo!

O desfecho do teu poema é belíssimo, concordo com a Hercília!

Bjão

Mari Diamond disse...

"A poem should not mean(Um poema não deve significar)
But be."(Mas ser.)
-Archibald MacLeish

Olá Fred,
Os seus poemas e suas fotos são muito tocantes. É uma honra receber a sua visita no Papel Acobreado.
Voltarei aqui sempre. Que delícia!
Beijinho.

Fred Matos disse...

Obrigado, Wania.
Alegra-me a sua visita, leitura e comentário.
Ótimo resto de domingo.
Beijos

Iracema forte Caingang disse...

Gosto muito do seu profundo poema.
BEIJÃO

Tânia T. disse...

gostei muito tambem daqui...
vou seguir.
bjos

Fred Matos disse...

Perfeita a citação, Mari.
Agradeço-lhe por vir, ler, comentar e passar a acompanhar o blog.
Gostei muito do Papel Acobreado.
Beijos

Fred Matos disse...

E eu dos seus contos indígenas, Iracema. Estava lendo uma velha entrevista do artista plástico Sante Scaldaferri na qual ele diz: "... só entendo arte aquela que emana do povo e que, para usar uma formulação de Jorge Amado, ao povo é devolvida".
Obrigado.
Beijos

Fred Matos disse...

Isso me deixa muito contente, Tania.
Obrigado.
Beijos

Batom e poesias disse...

Fred,
Seus poemas são fascinantes e os desfechos - você sempre tem um - é comovente, como sempre e sempre e sempre...

Maravilha, amigo.
bjs

Rossana

Fred Matos disse...

Seu comentário me comoveu, Rossana.
Obrigado.
Ótima semana.
Beijos

Alline disse...

"crava e crava
irrevogável
punhal no verso"



Certeiro!

Fred Matos disse...

Agradeço-lhe a visita, leitura e comentário, Alline. Contente porque você gostou.
Ótima semana.
Beijos

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