quarta-feira, outubro 1

confissão



ilustração: foto de Luc Selen



Entre o que sinto e o que traço,
o que penso ser e o que pareço,
sou o aflito que disfarço.

Minha vida foi perdida. Padeço
da covardia, atávica e mórbida
dos que se amoldam ao contexto.

Minha alma foi fraudada. Ardo
de anseios postergados. Tardo
em dar cabo aos meus medos.




Fred Matos
publicado em "Eu, Meu Outro"
Editora Poesia Diária
Maio/1999

4 comentários:

hfm disse...

Deste livro que eu tenho ali na minha frente!

Hoje, neste dia, sabe bem a visita de amigos - o meu pai faria 98 anos!

Um abraço

Fred Matos disse...

Enquanto o tempo passa, contabilizamos perdas, mas sempre fica algo. Ficam as boas lembranças, ficam exemplos, gestos de carinho...
Você não tem o Anomalias? O “Melhor que a encomenda”, tenho certeza que não.
Envie-me por e-mail o seu endereço.
Obrigado pela visita.
Beijos.

Maria Azenha disse...

um poema de que gosto muito.

Abraço,

mariah

Fred Matos disse...

Fico contente, mais ainda por você ter vindo ao meu blog, pela leitura e comentário.
Obrigado, amiga.
Beijo

pesquisar nas horas e horas e meias