Ilustração : William Adolphe Bouguereau
Nymphs and Satyr (1873)
para Carla Souto
a borboleta voa
rota que jamais percorri
meus olhos incrustados nas asas
vêem geografias inusitadas:
um corpo tornado palco
dentes em spotlights
os braços densas cortinas
sobre as pernas platéia de sátiros
pluma pousa baila sorri
sabe que o mundo é teatro
que a tragédia é o balido de um bode
e que quando fecho meus braços
a dicotomia não cessa
segue latente nas almas
dos que beberam o sangue
do herói irredimível.
nada que lhes disse é fato
mas tudo na peça é possível.
Fred Matos
8 comentários:
Este é um Poema com “P” maiúsculo. Dos seus é o meu preferido entre os que já li.
Bravo! [III atos de aplausos]
ps: obrigada pela visita, muito bom também é o seu blog.
Obrigado, Mauricio.
Há outros dos quais gosto mais, mas é difícil discutir preferências, sobretudo quando se trata de escolher entre os meus poemas.
Abraços.
Obrigado, Camila.
Gostei muito do seu blog.
Espero que você venha aqui mais vezes.
Beijos
gostei muito desse poema!
pergunta, vc tbm está no multiply?
estando ou não, agora já sei o caminho que me traz aqui...
Sim, tenho página no Multipli (http://fredmatos.multiply.com/ ), Pavitra, mas praticamente abandonada pra falar a verdade.
Agradeço pela visita, leitura e comentário.
Volte sempre.
Beijos
tbm abandonei a minha página lá... rs
e eu voltarei, sim!
beijos
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