terça-feira, dezembro 16

laçada absurda


ilustração: Jan Saudek


na tecedura da infância,
não sendo próprio o tear,
fiz, no arremate da trama,
os remendos, estes dramas,
que tenho vindo aqui bordar.

agora, com o pano caído,
toda a cena é desnuda,
todo o tecido é farrapo,
chega a meada ao cabo
nesta laçada absurda.



Fred Matos.

10 comentários:

Mariana Castro disse...

é a vida realmente gosta de nos testar.. mas isso já está indo longe demais.!

Beijos

Dauri Batisti disse...

Poema muito bem tecido. Um quê de psicanálise na percepção com o pano caído do que está lá na infância.

Um abraço.

Fred Matos disse...

Obrigado, Máah, pela visita, leitura e comentário.
Beijos

Fred Matos disse...

Agradeço-lhe a visita, leitura e comentário, Dauri.
Grande abraço

Branca disse...

Bonito a forma que joga com as palavras!
Nossa vida é cheia de remendos mesmo...

Bjo pra ti,
Branca.

hfm disse...

por vezes a laçada é mesmo bem absurda...

Fred Matos disse...

Ê Branca, valeu pela visita, leitura e comentário.
Obrigado.
Beijo

Fred Matos disse...

Acontece às vezes, Helena.
Obrigado, amiga.
Beijos

Adrianna Coelho disse...


e ainda assim a poesia
é alta-costura!

Fred Matos disse...

Bondade sua, Pavitra.
Obrigado pela visita, leitura e comentário.
Beijos

pesquisar nas horas e horas e meias