quarta-feira, dezembro 17

zen demente


não sei quem é o autor da foto


nada há que me apoquente
estou calmo
como um lago longínquo
no topo gelado do Aconcágua.

meu coração não tem cicatrizes
nem vivo guardando mágoas.

assumi que sou demente
só assim pra ser contente
navegando nestas águas.




Fred Matos
publicado em "Anomalias".
Editora Kelps
Setembro/2002


4 comentários:

Anônimo disse...

Lindo poema!


:)

Anônimo disse...

o poema é ótimo!

mas como ser demente diante da paisagem dessa foto?

beijão

Fred Matos disse...

Obrigado, Nadja, pela visita, leitura e comentário.

Fred Matos disse...

A beleza, muitas vezes, pode colaborar para a demência, Camila.
Obrigado, amiga.
Beijão

pesquisar nas horas e horas e meias