quinta-feira, março 12

espanto


ilustração: Salvador Dali


persegue-me o espanto de ser ainda que sendo 
não tanto quanto um impossível de esquecer
um qualquer anônimo pobre e sujo vagabundo
que contudo desfruta este sol esta terra este mar
todo orgasmo necessário para sorridente viver
ainda que tenha o coração de vidro dividido
entre emoções inventadas e a razão que só vê
o vínculo íntimo entre o sentimento fictício
e o espanto absurdo daquilo que falei no início

Fred Matos


28 comentários:

Priscila Manhães disse...

Que bonito, Fred! Adorei.
Deixa eu postá-lo?

Beijo grandão, meu amigo.

Fred Matos disse...

Deixo, claro que deixo.
Contente por você gostar e pela visita.
Beijão, Pri.

Priscila Manhães disse...

Brigada, Fred!

Cris Animal disse...

Uma coisa é fantástica: vagabundos ou não, todos nós podemos desfrutar de qualquer espetáculo: a terra, o sol, o mar, as emoções inventadas ou não....
Lindo poema!
vagabundos soltos no planeta....rs
beijo
.............Cris Animal

Anônimo disse...

moto continuo roda gigante Salvador Dali abraçado ao Garcia Lorca aplaudem o talento de uma alma soridente

gloria disse...

um espanto que se entrelaça, fio a fio. cerzindo o absurdo do esquecimento sem lamento, mesmo que coraçào seja de vidro. tào belo Fred! bjs

Beatriz disse...

Espanta inventar emoções e saber que a razão vê vínculos

Fred Matos disse...

É isso, Cris.
Obrigado.
Beijos

Fred Matos disse...

Agradeço-lhe, Iosif.
Abração

Fred Matos disse...

Mais uma vez generosa, Glória. Agradeço-lhe.
Beijo

Fred Matos disse...

Ah! Compulsão Diária, na verdade eu não me espanto com o imenso poder da razão, até para criar situações que se pode atribuir à ausência da razão.
Agradeço-lhe a leitura e comentário.
Beijo

Adriana Riess Karnal disse...

entre a razão e o fictício,tudo e inventado,in-venta sempre para nóa!

Adriana Riess Karnal disse...

para nós! invwenta para nós!!!rs

Fred Matos disse...

É essa a minha proposta, Adriana.
Agradeço-lhe a leitura e comentário.
Beijos

Adriana Godoy disse...

"qualquer anônimo pobre e sujo vagabundo que contudo desfruta este sol esta terra este mar". Fred, gostei muito desse trecho que, de uma certa forma, sintetiza o todo. O quadro de Dali e seu escrito poético fazem um casamento perfeito. Beijo.

nina rizzi disse...

(risos). eu chamaria essa maravilha de fluxondismo. acho que se tivesse um pontinho ali seu sangue parava de correr (e o meu também). ou então se esvaíria feito tarantino.

é incrível. tem um gosto beat. rizzesco.

Anita Mendes disse...

"o coração de vidro dividido entre emoções inventadas e a razão que só vêo vínculo íntimo entre o sentimento fictício e o espanto absurdo daquilo que falei no início "

Perfeito! um dos meus favoritos.
saludos, Fred.
Anita.

rua do mundo disse...

fred

excelente texto, adorei
aproveito para agradecer a visita
bom fim de semana

um abraço

Alice Cezar disse...

Muito bonito Fred! Ando sem tempo, mas quando paro pra passar aqui sempre vale a pena.
Tem um selo pra você no meu blog, ok? Beijos.

Biba disse...

Oi Fred, achei muito lindo o seu poema.
Gracias pelas visitas, viu?
Beijos,
Carpe Diem!!!

L. Rafael Nolli disse...

Olá, Fred. Muito bom o poema. Gostei da forma que ele finaliza remetendo ao início do texto, o que cria, para mim, uma idéia de continuo muito interessante! Abraços, meu camarada!

Fred Matos disse...

Obrigado, Adriana.
Nada como um Dali para ilustrar um poema que beira o surreal.
Beijos

Fred Matos disse...

Obrigado, Nina, mais uma vez.
Beijos

Fred Matos disse...

Agradeço-lhe, Anita, também por tornar-se acompanhante do blog.
Beijos

Fred Matos disse...

Gostei do seu blog rua do mundo e agradeço-lhe pela visita, leitura e comentário.
Abraço

Fred Matos disse...

Obrigado, Alice, pela visita, leitura, comentário e pelo selo, que logo estará aqui no blog.
Beijos.

Fred Matos disse...

Fico contente por você gostar, Biba.
Obrigado.
Carpe Diem!
Beijos

Fred Matos disse...

Obrigado, Rafael, pela visita, leitura e gentil comentário.
Abração

pesquisar nas horas e horas e meias