ilustração: Van Gogh - Starry Night - 1889
a saudade
inscrita no musgo da pedra marinha
onde um dia deixei meus olhos
vem em sonhos
e me desperta no meio da noite
insistindo por uma lágrima
nego-a
como de resto tenho negado
qualquer sinal de emoção
qualquer ato que possa me comover
além do suportável limite da razão
bebo água
fumo um cigarro
torno à cama.
Fred Matos
inscrita no musgo da pedra marinha
onde um dia deixei meus olhos
vem em sonhos
e me desperta no meio da noite
insistindo por uma lágrima
nego-a
como de resto tenho negado
qualquer sinal de emoção
qualquer ato que possa me comover
além do suportável limite da razão
bebo água
fumo um cigarro
torno à cama.
Fred Matos
8 comentários:
Fred,
esplendido poema
másculo e sereno
palavras certas
nenhum excesso
nenhum desespero
água, cigarro e cama
homem a desprezar fantasmas
abraço
Visit your blogs
Obrigado, Iosif.
Grande abraço.
Obrigado, Singamaraja.
Kiss
adorei o poema... mas como você bem sabe meu neg(ócio) é o haiku ;)... logo adorei mais ainda seus 3 últimos versos!! abraço
Eu sei, ma grande folle de soeur, e agradeço-lhe.
Beijos
Mais um poema no mesmo tempo e a mesma imagem. Antes foi Bob Dylan, agora Van Gogh. É muito interessante. Belo poema.
Adriana,
Na primeira vez foi coincidência, agora não tanto:
Eu havia publicado este poema no dia 29/09
http://eumeuoutro.blogspot.com/2008/09/noites.html
usando esta mesma tela de Van Gogh.
Vendo-a na sua página, me deu vontade de republicar o poema, pois é um dos meus preferidos, e passou praticamente despercebido na publicação original.
Agradeço-lhe a leitura e comentário.
Beijos
Postar um comentário