
não sei quem é o autor da foto
eu também, meu caro waters,
estive preste ao corte final,
a deixar que todos vissem
palavras de sangue na parede
com a letra de uma canção
eu também, meu caro waters,
queria mostrar meu lado fraco
sucumbir à absoluta alucinação
escrever com sangue na parede
os versos de outra canção
eu também, meu caro waters
não tive coragem pro corte final
mas tenho a lâmina guardada:
talvez em alguma madrugada
eu escreva a definitiva canção.
Fred Matos
05/12/2008
eu também, meu caro waters,
estive preste ao corte final,
a deixar que todos vissem
palavras de sangue na parede
com a letra de uma canção
eu também, meu caro waters,
queria mostrar meu lado fraco
sucumbir à absoluta alucinação
escrever com sangue na parede
os versos de outra canção
eu também, meu caro waters
não tive coragem pro corte final
mas tenho a lâmina guardada:
talvez em alguma madrugada
eu escreva a definitiva canção.
Fred Matos
05/12/2008
22 comentários:
Forte e lindo!
Que beleza de formação dos versos, enfatizando ao final do primeiro o "eu também meu caro waters", e fugindo, ao elementar, meu caro Waters!
Divino!
Parabéns, poeta
Beijos
Mirse
Obrigado, Mirse.
Este Waters a que o poema se refere é o Roger Waters, músico, que era integrante do Pink Floid e autor da música "The final cut".
Beijos
Terás de escrever muitas, meu amigo
Eu as escreverei, Helena.
Obrigado.
Beijos
E se escrever vai ser linda como o seu poema. Beijo.
Obrigado, Adriana.
Beijos
Não consigo reconhecer o Pink Floid depois da saída do cara.
Tenho todos os vinil até o derradeiro The Final Cut.
Com a mesma lâmina
corto as "conivências"
que me obriga o sangue.
E aproveito toda oportunidade
para afiá-la nas convivências
que me satisfaz a lira.
Grande prazer foi passar aqui
Eu também. Para mim o "The final cut" foi o último álbum do Pink Floyd.
Do que restou, prefiro a carreira solo de Roger Waters.
Agradeço-lhe, Devir, a visita, leitura e comentário.
Volte sempre.
Abraços
Belíssimo, Fred.
Tanto o poema quanto o diálogo que propõe com a canção do Pink Floyd. Destaco a estrofe:
"eu também, meu caro waters
não tive coragem pro corte final
mas tenho a lâmina guardada:
talvez em alguma madrugada
eu escreva a definitiva canção".
Muito, muito bom!
Um abraço, poetíssimo.
Beijos :)
H.F.
Roger Waters não se cortou,
Syd Barrett enlouqueceu,
mas só o velho "Pink" faleceu...
Gostei Fred.
bjs
Rossana
Fico muito contente por você gostar, Hercília.
Obrigado.
Beijos
E eu do seu comentário, Rossana.
Obrigado.
Beijos
Muito lindo "Corte Final" realmente precisa de muita coragem...
Grande abraço, tenha ótimo dia, CON
Fred, andei viajando muito, meu blog ficou um tempo parado e realmente está fechado agora. Se quiser entrar por lá, o que me deixará muito feliz, preciso de um e-mail seu para mandar autorização.O e-mail do seu blog.
Escreva-me:
crissvm@hotmail.com
ou
acsvmf@yahoo.com.br
beijo enorme e saudade de vc!
Belo poema. Forte, denso, lindo.
Parabéns.
abs
Gostei muito Fred deste diálogo/monólogo com Roger Waters. Você escreverá nos muros muitas e bonitas canções...
Beijos.
Oh, homem!
Veja lá o que faz...
Um abraço
uau
forte
muito bom
adorei
-
abraços e beijos
gosto dos seus poemas viscerais.
até pra ser fraco é preciso coragem. viver não é mesmo fácil.
bjo
Conceição, Cris, Sueli, Graça, Vieira, Luisa e Martha.
A semana passada foi um sufoco, tudo indica que esta também será, e no fim de semana fiquei sem Internet. Este o motivo da demora para agradecer-lhes, e por fazê-lo em mensagem coletiva.
Obrigado.
Abraços.
incrivel, forte, admiraçao,
abraços, myra
Obrigado, Myra.
Beijos
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