para Lick, com amor
foto: Mário Cravo Neto
nem um milhão de abarás
vale tanto quanto o teu sorriso
por ele tenho um sonho nos olhos
e na linha do horizonte posso ver
o vento carregando a chuva
vindo regar nosso canteiro
sinto o sol mornando a pele
e pão na boca de toda gente
e pinga da boa
que nem de pão somente
faz-se uma boa refeição.
nos lábios tenho uma canção
que ecoa na serra das almas
e na alma da civilização
e enquanto este dia não vem
na escuridão da noite
o que me abate
é o cotidiano combate
em cujas tréguas trocamos
beijos ardentes
e chocolate
Fred Matos
18 comentários:
nossa, fred, que lindo! e não é exagero, não, visse ;)
"nem só de fé viverá o homem, mas também de pão e seus compostos". já dizia o grande machado de assis.
os dois primeiros versos são pra ler ajoelhada.
e os últimos, com beijo e chocolate, claro.
é lindo demais. eu gostava que fizessem poemas assim pra meus olhos e sorrisos... todo mundo gostava :)
beijo.
Uau... que beleza!! Beijo.
Muito lindo, Fred!
Esse cotidiano combate faz o coração bater mais forte!
Beijos
Mirse
Lindo, muito lindo!
To esperando para ouvir sua canção
Amo-te de montão
Obrigado, Nina.
Tenho certeza que alguém faz, de uma outra maneira certamente faz.
Beijos
Bom que você gostou, Adriana.
Obrigado.
Beijos.
Faz sim, Mirse.
Agradeço-lhe a leitura e comentário.
Beijos
Não se avexe que já tô chegando, Lick.
Beijão.
Saudades imensa de ti!
E a vida não dá nem se quer
uma colherzinha de chá.
Ah... que ando morrendo de sede
neste sertão de mim!
Beijo grande!
Saudade de você também, menina.
Veja que coincidência: ontem (ou anteontem, já não sei) eu zapeava os canais e, no Fashion TV, (ou terá sido no GNT?) uma certa Paola falava (se não estou enganado) sobre moda, talvez sobre os desfiles do Fashion Rio (ou algo assim) e eu pensei cá com os meus botões: será que é a minha amiga Lola esta Paola? Depois achei que não, pois a última notícia que tenho sua é que se casou e está morando no sertão (no Ceará?, no Piauí?, no Maranhão?)
Ah! volte mais vezes e mande notícias.
Beijão.
"nem um milhão de abarás
vale tanto quanto o teu sorriso"
Se houvesse parado aí,
já teria sido lindo...
Lindo e gostoso, Renata.
Há poucas coisas que eu gosto tanto quanto de abará.
Agradeço-lhe vir, ler e comentar.
Beijos
Sei não o que é abará. Mas deve se bom, tão bom quanto seu poema será?
Beijos Fred
um sorriso pode
por vezes
ser a melhor poesia.
Abará, Elis, é um acepipe baiano, feito com massa de feijão fradinho, temperada com cebola e camarão seco defumado, cozido em banho-maria, enrolado em folha de bananeira.
A massa é quase a mesma do acarajé, com a diferença que no abará a acrescentado um pouco de azeite de dendê, que, no caso do acarajé, é usado para fritar os bolinhos.
Simplificando: o Abará é o acarajé cozido, em vez de frito.
Eu acho muito melhor que o meu poema.
Agradeço-lhe por vir, ler e comentar.
Beijos
Sim, Nina.
Sorriso (os verdadeiros) são a melhor poesia.
Obrigado.
Beijos
Difícil elencar os versos que mais me chamaram a atenção. Belíssimo!
Abraços, Fred!
Agradeço-lhe a visita, leitura e comentário, Lou.
Beijos
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