Ilustração: Sven Geier – “Piano”
nesta música impossível
teclas de marfim
pássaros brancos,
sete a sete,
e um corvo negro
boiando no som
sonhos notas
turbilhão de acordes,
uma a uma,
como gotas
inaudíveis
como o eco das estrelas
como melodia
asas
querubins.
trêmula a mão se afasta
desaparece na nuvem ácida
na penumbra das cordas guitarras
afaga lâmina da madrugada
lembrança
cada átimo
infinito
pranto
gargalhada
granito
um compasso o tempo
dança eterno
tensos
tornam os dedos
ao piano.
Fred Matos
10 comentários:
Vim ler-te!!!
Continue a sonhar,
Sonhe... sonhe sempre!!
Abraço,
e um excelente
final de semana!
é sempre bom "estar" aqui
belo,muito belo poema.
parabéns
Agradeço-lhe, E.Rakowski, pela visita, leitura e comentário.
ótimo fim de semana pra você também.
Beijos
É muito bom receber a sua visita, leitura e comentário, Sueli.
Obrigado.
Bom fim de semana.
Beijos
Uau, bom demais Fred, uma percepção bem interessante e poética sobre o jazz. É como se a gente lesse jazz e a música se fizesse a cada verso. Coincidência que escrevi sobre uma noite blues em meu blog. Beijo.
Adriana,
Quando o escrevi, eu tinha em mente tentar que o poema emulasse um jazz na forma. O seu comentário me deixa contente ainda mais contente porque você teve essa percepção. Vou logo mais ler/ouvir o seu blues.
Agradeço-lhe.
Ótimo fim de semana.
Beijos
foi bom voltar aqui
ao infinito destas cordas/gotas
um beijo
Volte sempre, Maré. É grande o prazer que me dá a sua visita, leitura e comentário.
Ótimo domingo
Beijos
Texto pulsante em sua arritmia. Parece jazz...
Era o que eu tinha em mente, Henrique.
Obrigado.
Abração
Postar um comentário