para Carla Souto
ilustração: Rubens
a borboleta voa
rota que jamais percorri
meus olhos incrustados nas asas
vêem geografias inusitadas:
um corpo tornado palco
dentes em spotlights
os braços densas cortinas
sobre as pernas platéia de sátiros
pluma pousa baila sorri
sabe que o mundo é teatro
que a tragédia é o balido de um bode
e que quando fecho meus braços
a dicotomia não cessa
segue latente nas almas
dos que beberam o sangue
do herói irredimível.
nada que lhes disse é fato
mas tudo na peça é possível.
Fred Matos
27 comentários:
Nem precisa dizer que amei! Tudo na vida para mim é uma cena num palco.
Teatro da vida!
Perfeito!
Beijos.
Um belo poema numa bela ilustração.
L.B.
Agradeço-lhe a visita, leitura e comentário, Lara. Bom saber que você gostou.
Ótima semana.
Beijos
Obrigado, Lidia.
Claro que a ilustração é muito melhor que o poema.
Ótima semana.
Beijos
Desculpa, se ao ser objetiva não consegui passar a essência do que pensava.
Não leve isso como uma ofensa, por-favor!
Qto ao teu comentário, concordo contigo.
No que diz respeito aos tantos muros que temos que ainda derrubar.
Gostei desta reflexão e como escrevi para o Marcos, quando lembrar do fato que aconteceu lá na infância, linkarei com esta reflexão sobre os muros.
Ainda no tema e defendendo meu pai, acho que ele expressou a indignação com quantas coisas erradas que acontecem ainda.
Um pouco de saudosismo também.
Enfim, a verdade nunca é única.
Boa semana.
Bj
Claro que não foi uma ofensa, Marguerita. Não entendi assim. E espero que você tenha entendido que o meu comentário no seu post não o contraria em nada, eu apenas quis reforçar. Ou seja: seu pai está coberto de razão.
Agradeço-lhe a visita e comentário.
Que seja ótima a sua semana.
Beijos
você torna tudo possível na poesia :)
muito bom!
bjos e gratíssima pela mensagem, Fred.
Lindo poema!
É verdade, Fred, o mundo é um teatro e nós dançamos conforme a música(ou não) nesse grande baile de máscaras.
Beijos.
PS: Saudades de seus comentários em meu blog. Visite-me. Obrigada.
assim como todo o pensamento insano e inconsequente é perdoável, certo?
muito bom aqui, seguindo ;*
"tudo o que lhes disse é possível"...ai q lindo esse poema Fred.O mundo é um palco, para citar Shakespeare, e vc deu seu toque de mestre.adorei.
como sempre e acho que ja nao preciso dizer o quanto gostei!!
bjs
Adorei a imagem "dentes em spotlights". Viajei, cara!
Você também torna, Mercedes. O limite é a imaginação.
Agradeço-lhe a visita, leitura e comentário.
Ótima semana.
Beijos
É pra já, Ianê. Só não tenho ido mais vezes, no seu blog e nos dos outros amigos, porque está péssima a minha conexão com a internet e nos momentos que consigo acessar aproveito para responder aos comentários e para postar. Mas prometo que vou hoje.
Agradeço-lhe pela leitura e comentário.
Ótima semana.
Beijos
Claro, Mariana: pensamentos não podem ter limites e nem sofrerem censura de espécie alguma.
Deixa-me contente e agradeço-lhe pela visita, leitura, comentário e por passar a seguir o blog.
Ótima semana.
Beijos
Mestre nada, Adriana: na poesia somos todos eternos aprendizes.
Obrigado por vir, ler e comentar.
Ótima semana.
Beijos
Já disse, Myra, e isso me deixa muito contente.
Obrigado.
Ótima semana.
Beijos
Isso é porque me lembro ainda do tempo em que meus dentes brilhavam, Henrique.
Obrigado por vir, ler e comentar.
Ótima semana.
Abração
Fred, "nada que lhes disse é fato
mas tudo na peça é possível." e é assim o teatro da vida. òtimo! Beijo.
belíssima a tela fred, bem como, de praxe, o seu poema.
um beijo.
O mais certo da vida é esta dicotomia. O teatro que estamos inseridos.
Uma vez, recebendo aplausos, felizes.
Noutro tempo, chorando, em uma tragédia grega.
Bjs!
* e estamos entendidos!
;)
Na peça tudo é possível, Adriana, na vida factual nem tudo, até que se prove o contrário (risos).
Agradeço-lhe pela visita, leitura e comentário.
Ótima semana.
Beijos
Obrigado, Nina: fico contente por você gostar do poema.
Ótima semana.
Beijos
Ai ai ai...
Que lindo de se ler...
É de enxer os olhos...
E fadigar o coração...
Hehehehehehe
Boa semana pra vc...
Bjin
=)
Ótima semana pra você também, Bia.
Obrigado por vir, ler e comentar.
Beijos
incrível o ritmo,
parecia mesmo uma borboleta voando.
Fico contente que lhe tenha parecido, Gian, e agradeço-lhe a visita, leitura e comentário.
Ótima semana.
Grande abraço
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