foto: retirada do blog de Diogo Tourino de Sousa
primeiro comeu um dedo
com molho de estricnina
disse que estava insosso
bebeu o cloro da piscina
depois engoliu o braço
e cuspiu marimbondos de fogo
tinha tantos desejos
que nada o contentava
tal indescritível apetite
era a causa de problemas
anatômicos e psicossomáticos
nem macumba nem medicina
tinham solução pra o seu caso
: só a presidência do senado
apenso:
não há chá de camomila que baste
eu murcho como flor sem haste.
Fred Matos
21 comentários:
Caracoles, Fred!
Digamos que comer dedo já não é lá muito digerível... Mas com molho de estricnina? Requinte de crueldade inimaginável! kkkkkkkk!!!!
Adorei essa, bem forte.
Beijoca!
Isso é prato leve para os insaciáveis, Tânia.
Deixa-me contente que você tenha gostado.
Obrigado.
Beijos
Texto memorável!!
E viva la Revolucion!! :-)
PS: Sempre quis dizer essa frase, desculpe-me permita-me fazê-lo em seu blog.
amplexos...
Excelente texto, Fred. Além da mensagem textual, a linguagem "lúdica" e/ou "humorística" do poema é altamente digestiva, me prendeu!
Forte abraço,
H.F.
Obs.: Andei comentando poemas anteriores, posts mais antigos, não sei se você os leu, pois pede a "moderação". Beijos.
Entendi. Bom texto para mau tema.
Agradeço-lhe, Rodrigo, pela visita e pelos selos.
Abraços
Claro que permito, Márcia.
Agradeço-lhe pela vinda, leitura e comentário.
Beijos
Obrigado, Hercília.
Vou verificar se já vi todos os comentários.
Beijos
Ocorre que às vezes o tema se impõe e fico sem opção, Henrique.
Obrigado.
Abração
Ah! Marcos, aplaudo o seu soneto, conquanto eu não veja nada de mais em termos um presidente da república que não tem diploma, não é poliglota e não tem físico de galã, desde que faça um governo cujo objetivo não seja o benefício das elites, e, mesmo avaliando que em muitos aspectos, sobretudo no campo da ética, Lula frustrou as minhas esperanças, é meu dever dizer que o governo de FHC me decepcionou muito mais, sobretudo porque ele possuí o lastro cultural que Lula não tem e, contrariando toda a sua história de exilado político, foi timoneiro de um processo de privatização do patrimônio público a preço de banana e cujo resultado tem como emblema o sistema elétrico que nos pune com preços absurdos, muito superiores aos praticados em outros países com geração e distribuição privada, mesmo naqueles cuja matriz energética tem um custo de produção superior, por dependerem basicamente da queima de carvão e óleo, e mesmo das usinas nucleares, insumos que são muito mais onerosos que a geração hidroelétrica.
Agradeço-lhe a visita, a leitura e o soneto.
Grande abraço
que sadismo!!! bem escrito...e descrito..pena que nao estou muito ao corrente do que passa no Brasil, um grande beijo,
De certa forma, Myra, é o que se passa em todo lugar, desde que o mundo é mundo, e a política esta coisa imunda, na qual os interesses próprios estão acima do interesse público. É a fome insaciável de poder.
Agradeço-lhe, amiga, pela visita, leitura e comentário.
Beijos
gostei muito, inclusive dos comentários e das suas respostas excelentes aos comentários. olhos maturos, sem aquele fogo inconsequente da juventude (peco por isso muitas vezes), e sim a clareza de quem realmente sabe o que fala.
a você, meu respeito e admiração.
Beijos.
Para alguma coisa deve servir envelhecer, Maria.
Agradeço-lhe pela visita, leitura e comentário.
Espero que volte sempre.
Beijos
hahahahahahha
"Humor ácido " do jeito que eu gosto....hahahahah
Fico contente que goste, Deusa.
Agradeço-lhe por vir, ler e comentar.
Beijos
Sim, fui eu, Marcos. Dele eu esperava muito mais que de Lula, e este, que não tem todos aqueles phds, conseguiu fazer um governo muito melhor no que se refere a distribuição de renda, coisa que para mim foi importante.
Bom fim de semana.
Abração
aiai. é a terceira vez que tentarei postar o comentário, vamos lá resoluta!:
eu dedico teui poema ao tasso jereissati. eu me dedico os teus apensamentos.
eu queria saber o nome do gênio da imagem de cima.
eu te deixo meu beijo e um bom fim de semana.
O neo-coronelismo nordestino, tão bem vestido e bem falante, arrisca fazer saudades dos Adautos Bezerras e Virgílios Távoras: bem dedicado o poema, Nina. E, a você, os chás de camomila, para que tenha muita paciência.
Agradeço-lhe pela visita, leitura e por insistir até conseguir por o comentário.
Beijos
Muito bom!
Fico contente por você gostar, Elga, e agradeço-lhe a visita, leitura, comentário e por tornar-se acompanhante do blog.
Beijos
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