para nina rizzi, poeta que é
amiga também
foto: Mário Cravo Neto
um bosque de pedra e de espinhos
no rubro raso cáustico da catarina
é a parte que me cabe no paraíso
que a brisa do brasil não beija nem balança
mas boceja sob um anil eternamente estio
que nenhuma nuvem pastoreia
e onde homem algum com algum juízo
ergue casa, cria bode, semeia
mas se tocou-me − e tocou-me de meia −
ao sócio crédito rural, a mim a areia
deste bosque esquecido de verde e de água
é minha, não dele, a maior riqueza:
os diamantes cintilando no céu da madrugada.
é então que da minha alma ressequida
esvaecem as trevas e toco na velha viola
esta modinha que celebra a minha vitória
Fred Matos
37 comentários:
oh, fred! que Coisa mais rica! :)
a começar pela foto que seria um ideal pra davi de michelangelo, um jão, desses, como nós, que sobrevivem todos os dias...
e o poema, que dizer do poema?! que eu gostava de ter escrito e oferecer de volta oa meu povo, aos irmãozinhos da terra? é pouco: eu o guardo na minha caixinha de cristal invisível, como joia, obra-prima.
obrigada, obrigada. e um beijo, dois cheiros :)
ah, sim, catarina é um nome de personahem minha, e é como eu gostaria de me chamar... rsrs
Fred, he pasado para dejarte un saludo, siempre es un gusto pasar por aquí.
un abrazo.
Um diamente cintilando nos céus, amigo Fred! Abração
Eu fico mesmo muito contente por você gostar do poema, Nina. Eu o dediquei a você porque, à medida que ele me vinha, parecia-me "a sua cara" (risos).
Coincidência é que você tenha uma Catarina personagem e que queria ter esse nome. A referencia do poema é ao "Raso da Catarina", que se situa na área mais seca da Bahia e tem este nome em homenagem a uma antiga moradora e líder local de nome Catarina. Quem sabe um dia, em algum lugar deste sertão nordestino, surja um "raso da Nina Rizzi"? Pensando bem, melhor será que seja um lugar fértil e bem servido de água onde os assentados possam plantar e criar, além de tocar viola, mas que nunca abandonem a poesia.
Beijos, poeta.
Obrigado, Patricia, a sua visita é sempre motivo de alegria.
Ótima semana.
Beijos
Obrigado, Fabio.
Fico contente por você gostar.
Ótima semana.
Abração
"que a brisa do brasil não beija nem balança
mas boceja sob um anil eternamente estio"
Adorei esse trecho!
Parabéns pela belíssima postagem, sua lírica é maravilhante*
Abraço.
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Ana Paula,
Seu comentário dá-me a chance de esclarecer que neste trecho que você destacou estou citando o poema "Navio Negreiro" de Castro Alves, especificamente esta estrofe:
"Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!..."
O verso "Que a brisa do Brasil beija e balança é considerado por muitos como o mais belo da poesia brasileira.
Agradeço-lhe a oportunidade que me deu e, também, pela visita, leitura e comentário.
Volte sempre.
Beijos
Michele,
Agradeço-lhe a visita e convite.
Beijos
Olá Fred, um prazer enorme conhecer seu espaço, volto agora de férias com um pouco mais de tempo para conhecer seu blog. Amei !!
Oi Fred,
Desculpe-me a maneira que me coloquei, e venho aqui te falar que gostei daqui, e adorei conhecer seu blog.
Abraço.
que POEMA!!!!! sim, assim com maiusculas!!! e a foto tambem!!!
beijos e aplausos,
A minha é de corisco, Marcos.
Agradeço-lhe por vir, ler e comentar.
Abração
Prazer é o meu pela sua visita, leitura, comentário e por passar a acompanhar o blog, Gisa.
Obrigado.
Beijos
Não é caso de se desculpar, Michele, mas agradeço-lhe a gentileza implícita no ato.
Beijos
Eu também gostei do poema, Myra, mas acho a foto muito melhor.
Obrigado, amiga.
Beijos
Fred como vai?! modinha sempre toca a gente de uma maneira especial.
BeijoOo
Toca sim, Valéria, principalmente quando tocada em uma velha viola, sob o céu estrelado do sertão.
Agradeço-lhe por vir, ler e comentar.
Beijos
Linda modinha, Fred!
Nina merece, e nós seus leitores agradecemos.
Celebremos pois, a vitória!
Beijos
Mirse
Merece, sim, Mirse. Você merece também, e mais não adianto.
Obrigado, amiga.
Beijos
Fred, belíssimo poema e, realmente, é a cara da Nina. beijo.
Você não morre mais, Adriana. Minutos atrás eu pensava cá com os meus botões: onde está a Adriana? Preciso ir ao voz para ouvi-la , lê-la, para ser mais exato, se é que reapareceu, sumida que está desde o ano passado. Eis que você, mais rápida, antecipa-se e descubro, então, que desde ontem você estava de volta e com um poema belíssimo.
E como estou com uma aba aberta no meu blog e outra no seu, preguiçosamente usarei a mesma mensagem nos dois, e duplo é o meu agradecimento pelo seu comentário e são, também,
os beijos.
Da simplicidade faz-se a poesia...
Adorei, Fred!
Obrigado, Moni.
Gosto que você goste.
Beijos
passei te dar um bom dia,
meu computer esta doidao, portanto eu tbem, beijossssssssss
Simplesmente belo, Fred. Na alma do povo simples e nas paisagens mais rudes, mora a mais pura poesia. Amei. Beijo.
Quero ficar doidão também, Myra. (risos).
Obrigado, amiga: contente com a sua visita.
Beijos
Sua visita sempre me deixa contente, Nydia. Ainda mais quando me brinda com um comentário destes.
Obrigado.
Beijos
Oi Fred, agradeço pela visita e vi taambém fazer uma visita ao teu blog. Parabéns pelo belo texto!
Beijos
Agradeço-lhe a visita, leitura e comentário, Margleice.
Seu blog é muito interessante e passo a acompanhá-lo.
Beijos
Belo poema, Fred.
A me-Nina é digna de muitas honrarias, inspira beleza em forma de poesia.
Beijos aos dois,
H.F.
Obrigado, Hercília.
Sempre fico contente quando você me visita e comenta.
Beijos
lindo, como a alma dela.
Deixa-me contente que você goste, Anazézim.
Obrigado.
Beijos
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