chororô
não sei que é o autor da ilustraçãoDois oceanos do planeta
formaram-se das minhas lágrimas,
além da Bacia Amazônica
do Arno, do Tigre e do Eufrates
Chorei tanto que há quem diga
que as minhas lágrimas irrigam
o subterrâneo de Marte.
Mas não creia: é pura intriga
Por tantas lágrimas derramadas
sofri fatal desidratação
e fui enviado ao reino de Hades.
Contudo, na travessia do Estinge,
o barqueiro, tomado de comoção,
remou na contra-mão.
Fred Matos
pesquisar nas horas e horas e meias
29 comentários:
Fred,
com certeza esse chororô,é pura intriga!
saudades,grande abraço
Mari
Fulminado, no bom sentido, fico eu com a sua imensa generosidade, Rafael.
Obrigado, amigo.
Abração
Capaz que seja mesmo, Mari.
Sempre contente quando você me visita e comenta.
Obrigado.
Beijos
Interessante este soneto, com uma imagem em perfeito dialogismo com as palavras.
L.B.
Adoro mitologia! O poema ficou muito bom!
Abraço carinhoso!
Lindo poema amigo!
Boa Noite!!
abraço
Lindo, Fred!
Mas nem consigo imaginar um choro assim. O barqueiro até poderia ser tomado de comoção, mas não, remar na contra-mão.
Beijos
Mirse
Que Caronte te proteja desde tresontonte... :D
E o Tietê?
Beeeeiiijo
É interessante a proporção que as "lágrimas" tomam no poema. Elas se mostram tão intensas e, ao mesmo tempo, tão cheias de um sentimentalismo profundo que percorrem lugares distantes, como o Eufrates, Marte (...). E para completar ainda mais o trabalho com as palavras, você soube utilizar de um recurso visual que preencheu e deu maior sentido ao que abordou. Belo poema, na verdade, bela poesia. Abraço!
Que delícia de poema, Fred!
Um beijo por ele.
Obrigado, Lídia.
É sempre bom receber o seu comentário.
Beijos
Que bom que você gostou, Fabiana.
Obrigado.
Beijos
Obrigado, Ju.
Gosto quando você gosta.
Beijos
"Mas nem consigo imaginar um choro assim."
Imaginar eu consigo, Mirse. Chorar mesmo é que está ficando cada dia mais difícil: eu que chorava assistindo filmes românticos ou quando via/lia/ouvia notícias tristes...
Acho que estou embrutecendo.
Beijos, amiga.
"Que Caronte te proteja..."
Que ele sempre erre o caminho e reme na contra-mão: sabe-se lá.
Obrigado, Francisco.
Abração
O Tietê, Carla, eu soube que é lágrima sua. Ou não?
Obrigado, amiga, pela visita e pergunta.
Beijos
Renata,
Devo confessar que o poema é uma consequência da imagem que encontrei na Internet, lamentavelmente sem crédito para o autor.
Assim que a vi o poema me ocorreu quase exatamente como está.
Agradeço-lhe pela leitura e comentário.
Beijos
Márcia, minha querida amiga. É um prazer imenso vê-la aqui, e fico ainda mais envaidecido por você gostar do poema.
Obrigado.
Venha mais vezes: adorarei.
Beijos
Chegaram aqui as suas lágrimas...
Um belo poema.
Beijos
"Chegaram aqui as suas lágrimas..."
Que não te afoguem. (risos).
Obrigado, Graça, por vir e comentar.
Beijos
Eu já tive crises de choro assim...
Fred, o olho da imagem me fez lembrar tanto dos meus próprios olhos. Que guardam esse azul-oceano e ainda têm um quê de verde-esperança, mas que, de vez em quando, assumem um tom cinza - "parece cocaína, mas é só tristeza".
E o seu texto só confirmou esse dolorido sentir. Ainda assim, é bonito.
Beijos.
"Eu já tive crises de choro assim..."
Eu também, Tainã. Acho que todo mundo já teve, mas espero que essas crises continuem no passado.
Obrigado por vir e comentar.
Beijos
Minha mãe é que tinha este azul-oceano nos olhos, Juliana. Nenhum dos filhos herdou os olhos dela. Os meus são castanhos claros que ficam esverdeados quando a luminosidade é muito intensa. Mas, mais importante que os olhos é o olhar. E, vendo as suas fotos, eu sinto uma inveja saudável do seu olhar.
Agradeço-lhe por vir e comentar.
Beijos
Lágrimas de Deus??? E como tem chovido né!
Lindo o poema.
Bjo Fred
A sua pergunta me leva a outra, Elis:
Deus chora?
Se chorar vai subir muito no meu conceito.
Obrigado, amiga, pela visita e comentário.
Ótimo fim de semana, com ou sem chuva.
Beijos
Pois é, Fred. Nada na vida é definitivo. Tudo passa. Mas as vezes estamos tão absortos no nosso sofrimento que não enxergamos. Mas sempre podemos contar com uma força divina maior que todo nós e de repente o mundo conspira a nosso favor de modo inesperado. Daí, muda-se o rumo, como descrito no poema.
Agradeço-lhe pela visita, leitura e comentário, Lorena.
Obrigado.
Beijos
Postar um comentário