Joeldo Holanda ©
ilustração: foto de Luiz Fonseca
Madrugada
Há um instante em que se suprimem
Todas as faculdades da alma,
Todo o gozo e o pensamento,
Toda a emoção e a metafísica,
Todo e qualquer som de prenúncio,
E toda a vida
E enquanto o universo se reconstrói
Naquele exato instante,
Um nada se desvela em diálogos infindos,
E as mentes, que não mais eram, se entretêm,
Absortas,
Num espaço de silêncio.
4 comentários:
Não me recordava deste poema do Joeldo, talvez seja recente. Gostei de o ler, Fred, tem algo de solene, este limiar silencioso em que "o universo se reconstrói".
Beijo
É poema antigo, Sol, está na minha página abandonada do Terra, com outros talvez mais conhecidos. Se não mudou de idéia, Joeldo parou de escrever. Foi o que me disse no último contato que tivemos, creio que em 2004 ou 2005, quando eu morava lá em Belo Horizonte. É uma pena, caso tenha mesmo parado. Sinto falta da poesia dele, e, também, do amigo.
Beijos.
Concordo com você, pena que ele não faz mais poemas. Também deixa saudade em meus momentos.
Pois é, Lisete. Mas espero que ele ainda se anime e volte a escrever.
Obrigado pela presença e comentário.
Beijos
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