terça-feira, setembro 30

Madrugada – Joeldo Holanda

Joeldo Holanda ©

ilustração: foto de Luiz Fonseca

Madrugada

Há um instante em que se suprimem
Todas as faculdades da alma,
Todo o gozo e o pensamento,
Toda a emoção e a metafísica,
Todo e qualquer som de prenúncio,
E toda a vida

E enquanto o universo se reconstrói
Naquele exato instante,
Um nada se desvela em diálogos infindos,
E as mentes, que não mais eram, se entretêm,
Absortas,
Num espaço de silêncio.

4 comentários:

Anônimo disse...

Não me recordava deste poema do Joeldo, talvez seja recente. Gostei de o ler, Fred, tem algo de solene, este limiar silencioso em que "o universo se reconstrói".
Beijo

Fred Matos disse...

É poema antigo, Sol, está na minha página abandonada do Terra, com outros talvez mais conhecidos. Se não mudou de idéia, Joeldo parou de escrever. Foi o que me disse no último contato que tivemos, creio que em 2004 ou 2005, quando eu morava lá em Belo Horizonte. É uma pena, caso tenha mesmo parado. Sinto falta da poesia dele, e, também, do amigo.
Beijos.

Anônimo disse...

Concordo com você, pena que ele não faz mais poemas. Também deixa saudade em meus momentos.

Fred Matos disse...

Pois é, Lisete. Mas espero que ele ainda se anime e volte a escrever.
Obrigado pela presença e comentário.
Beijos

pesquisar nas horas e horas e meias