foto: Fred Matos
Joeldo Holanda ©
Os homens bons, quase sempre
Têm o rosto nas estrelas
E o coração nos canteiros.
Têm fé no nascer dos sóis,
Têm a alegria nos filhos,
E a esperança nos sapatos.
Os homens bons, fatalmente
Amam mais do que deviam.
Têm mulheres complicadas,
Têm amores de mentira.
Mas são, sobretudo, amados
Como artífices da vida.
Os homens bons, certamente
São puros como as manhãs.
São tímidos como as pedras,
São fáceis como as crianças.
São homens, como os antigos
São máquinas, se convém.
Os homens bons, normalmente,
Saem respirando a vida
E chegam cheirando a trabalho.
Os homens bons, geralmente,
São homens de mulher só.
Não que uma só sempre amassem,
Ou que uma só vez casassem,
Mas é que há um porta-retrato
Na mesa de cabeceira
Enfeitada de memória
Em casa de suas vidas
Que lhes servirá de morada
Após do mundo partirem.
6 comentários:
Lindo!
Mas este homem ainda não nasceu.
Bjs Licko, homem da minha vida! (assim mesmo)
Então você não acredita em homens bons?
Não acha que sou um homem bom? (risos)
Sim, é lindo o poema do Joeldo.
Beijos, Lick
Nesse poema me auto-descrevo (rs)
E é assim que vejo muitos de meus amigos, caso do grande poeta Fred.
Fred obrigado por essa citação.
Forte abraço,
Joeldo
É assim que nos vejo também, meu amigo.
Não há nada para agradecer.
Abração.
Pois é...
Adoro esse poema.
Acredito em homens bons,
qdo li pela primeira vez aqui,
há algum tempo atrás,descrevi
a essêcia do Joeldo Holanda,
o qual tenho muito orgulho.
Parabéns! ,gosto de passear,
por aqui e de seus textos tb
abraço
Mari Amorim
Obrigado, Mari.
Espero que venha sempre.
Beijos
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