ilustração: James Jean
quando Ícaro disfarçado
com penas de gaivotas
fugiu do labirinto de Creta
ainda não se tinha inventado
Super Bonder ou Araldite
mas em verdade se diga
que o problema não foi a cola
foi a meta
excessivamente ambiciosa
tal tem sido a deste poeta
que com versos de asas tortas
e rimas desusadas
escreve textos sobre o nada
contesta a circunferência da roda
e rola de rir com as fantasias
que nestas horas e horas
e dias
faz supor que lhe promete
um Narciso que se admira
em espelho que não reflete.
Fred Matos
08/03/2009
18 comentários:
Este seu belo poema que fala de Ícaro me fez lembrar de uma poesia musicada do Kooji-Kuma, fortíssima.
Gostaria de te enviar a música, podes me passar seu email?
Beijos!
Claro, Camila:
cfmmatos@terra.com.br
Obrigado.
Beijos
poema encantador.
bjosss...
Obrigado, Nanda.
Beijos
Fred,
Agradeço sua tão gentil visita,
ainda bem que essa gaivota,não se deixou aprisionar pelas colas...
muitas vzs,achamos que o espelho não reflete...,Lindo!
Um abraço na alma
Mari
Obrigado, Mari
Beijo
o nosso poeta nos leva
ao labirinto da mitologia
com muita delicadeza
e bastante ironia
o Minotauro espuma de raiva
é Narciso chora a imagem da irmã no lago
e eu viajo pra Bahia onde conheci faz algum tempo sua mitologia
e ali no mar espelho vejo refletidas
os belos rostos morenos de olhos verdes
abraço, amigo
essa teias que nos enredam de poesia têm destino incerto; rimas, acidentais, asas tortas, labirintos que nos levam ao lugar de onde partimos: a vontade de se ver desenhado, traduzido em palavras, lido através de olhos capazes de enxergar. belo!
reflete, sim!!
Fred, obrigada pela visita! seu blog é cheio de poesia, adoreei! vou volta, certamente!
no mais, um abraço grande e desejos de boa segunda!
Uma pena que eu não vá
à Bahia nestes dias,
pois gostaria imenso
de encontrar-me contigo,
Iosif amigo.
Abração
Obrigado, Glória, pela leitura e comentário.
Deixou-me contente.
Beijos
Ótima segunda pra você também, Adri.
Espero que venha sempre.
Obrigado.
Beijos
Belo poema, Fred. A mitologia junto ao contemporâneo. O último verso brilhante. Bravo! Bj
PS:Oi, tem um poema meu no poema dia hoje. Se der passa lá, tá? Beijo
http://poemadia.blogspot.com/
gostei demais desse poema.A poesia não tem porque ,e nem precisa, a sua existência já é o suficiente, não é?
obrigada pela visita no Serendipities .voltaremos por aqui mais vezes...
Saludos Fred .
Anita.
Fred, essa a vantagem de se ser Poeta!
Poder brincar com as palavras, num bailado desconexo, e no final, sai um lindo poema!
Parabéns!
Um beijo avassalador!
Obrigado, Adriana.
Claro que dá, faço questão de ir: você sabe que gosto muito da sua poesia.
Beijos
Exatamente, Anita: a poesia não precisa de porquês.
Que bom que gostou.
Espero que sim, que venha outras vezes.
Obrigado.
Beijos
Deixou-me contente a sua leitura e comentário Avassaladora
Obrigado.
Beijos
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