ilustração: Salvador Dali
mujer con cabeza del rosas
querendo cantar poema sólido
mínima retórica e nítida temática
procurei perenes palavras mágicas
sílabas ancípites e estética própria
desejando deificada poética lúcida
com rimas ricas e métrica clássica
sobracei sôfrego signos soando líquidos
pérolas plásticas de sonoridade acústica
melancólico porém maturei-o hermético
elidindo a silepse em silogismo erístico
erigindo fátuo falso ser enigmático
falta-me é fato tutela teórica e prática
para lograr em versos veículo lógico
que o abstrato transluza em telúrico
Fred Matos
publicado em “Eu, Meu Outro”
Editora Poesia Diária
Maio/1999
8 comentários:
Quanta figura de linguagem , quanto recurso estilístico e acessórios de rima o senhor citou.
Uma belo exemplo de poema metalinguístico
;-))
Mas é só uma brincadeira mesmo: um exercício.
Obrigado, Moça, pela visita, leitura e comentário.
Beijos
o poema ta show, mas a imagem roubou o foco. maravilhosa!
bjosss...
Dali é sempre fantástico e esta mulher com cabeça de rosas é magnífica.
Obrigado, Nanda, pela leitura e comentário.
Beijos
Esse exercício de tão hermético, impenetrável... ainda assim compoem versos lógicos na elegância clássica dos grandes potas.
Parabéns, amigo.
Beijos
Mirse
Obrigado, Mirse.
Contente pela sua leitura e comentário.
Beijos
fred, eu chamaria esse teu poema de mulher.(rs)
complexo e sempre consegue o que quer...como por exemplo, se tornar em um belo poema!
ps: amo esse quadro!
saludos pra ti, fred.
Anita.
Obrigado, Anita.
Tirou-me um sorriso o seu comentário.
Beijos
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