O mundo é um moinho
Cartola
Simone
Composição: Cartola
Ainda é cedo, amor,
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que iras tomar
Preste atenção, querida,
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor,
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões à pó
Preste atenção, querida,
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés
2 comentários:
Nossa Fred! Você me fez chorar!
Isto é normal, o anormal é chorar de emoção por coisas lindas.
Amo Cartola e sei que essa música ele fez para a filha que começava a vida de prostiuição.
às vezes me pergunto como pessoas com a sensibilidade dele, com as poucas oportunidades que a vida lhe ofereceu, pode tornar-se um mestre.
Maravilhoso!
Fred, sempre que venho aqui me encanto!
Obrigada!
Parabéns!
Abraços
Mirse
"às vezes me pergunto como pessoas com a sensibilidade dele, com as poucas oportunidades que a vida lhe ofereceu, pode tornar-se um mestre."
Mirse,
Eu creio, mas posso estar errado, que a poesia, assim como a música, é um dom de nascença. Alguns são duplamente privilegiados e nascem com dom tanto para a música quanto para a poesia, que são artes com fundamento no ritmo, mas ritmos distintos, motivo pelo qual nem todo poema se presta para letra de música e nem toda letra de música se sustenta sem o apoio da melodia. Cartola foi um destes privilegiados.
Fico contente por saber que o “nas horas e horas e meias” lhe causa estes bons momentos e agradeço-lhe pelas visitas e comentários.
Beijos
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