para marina
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não sei quem é o autor da foto
ouço, se não me traem os sentidos,
soando das cordilheiras líquidas do mar,
cordas de aço cantando um fado antigo.
ouço mulheres chorando a saudade dos filhos,
dos amantes, dos maridos:
marinheiros que nunca vão voltar.
na esperança de que voltem,
trocam as flores secas das grinaldas
as noivas que nunca vão casar.
são vozes gregas, fenícias, portuguesas...
que em comum toam, com a mesma melancolia,
a dor de quem vive só. só por esperar.
Fred Matos
publicado em "Eu, Meu Outro"
Editora Poesia Diária
Maio/1999
ouço, se não me traem os sentidos,
soando das cordilheiras líquidas do mar,
cordas de aço cantando um fado antigo.
ouço mulheres chorando a saudade dos filhos,
dos amantes, dos maridos:
marinheiros que nunca vão voltar.
na esperança de que voltem,
trocam as flores secas das grinaldas
as noivas que nunca vão casar.
são vozes gregas, fenícias, portuguesas...
que em comum toam, com a mesma melancolia,
a dor de quem vive só. só por esperar.
Fred Matos
publicado em "Eu, Meu Outro"
Editora Poesia Diária
Maio/1999
16 comentários:
Lindo teu "fado poético", Fred!
Deves saber que fado vem do latim e significa destino!
E aqui relatas muito bem o destino de muitas mulheres abandonadas por seus afetos e que viviam só a esperar, talvez isso explique porque esta música é tão triste...
Como também o é, viver só!
Ótima semana pra ti,
Bjão
Exatamente com estas duas acepções é que acredito deve ser lido este poema, Wania.
Agradeço-lhe pela visita, leitura e comentário.
Ótima semana.
Beijos
Esperar... eis um fardo antigo.
Seu poema ficou bonito e triste como os fados; e claro, transmitiu muita emoção.
Beijos, poeta.
Lara,
Não sei se nos dias atuais Penélope esperaria por 20 anos a volta de Odisseu.
Agradeço-lhe por vir, ler e comentar.
Beijos
Olá Fred
A espera... Ora soa esperança... Ora grita solidão... Será que o amor voltará? Incertezas do hoje, amanha, depois e mais depois...
Lindos versos!
Bjuxxx e xerooo
Obrigado, Juliana.
Um prazer receber a sua visita, leitura e comentário.
Ótima semana.
Beijos
Fred,
lindo,lindo,cheio de saudade...adoro esses poemas de mar, essas que esperam poelos amados...
Fred,
além de ouvir, você materializa com imensa sensibilidade presságios, gritos e sussurros do eu-lírico feminino.
Belíssimo poema!
Beijos :)
H.F.
Que lindo, Fred... Dá pra "ouvir" o dedilhar sobre as cordas de aço que emolduram a eterna e triste espera...
Mais um poema belíssimo!
Abraços!
è, a solidao de quem sempre espera, é horrivel...melhor nao esperar e viver fazendo de conta que nao espera:)sim, Wania, fado = destino...
lindo poema, amigo Fred,
beijos
Fred, um retrato triste da mulher que ainda espera. Embora antigo, há muitas que continuam com seus vestidos amarelados esperando o príncipe. Se é fado, torna-se mais melancólico ainda. ainda. beijo
Obrigado, Adriana. Fico contente por você gostar.
Ótima semana.
Beijos
Obrigado, Hercília.
Bom te rever aqui
Ótima semana.
Beijos
Que bom que você gostou, Moni.
Obrigado.
Ótima semana.
Beijos
Concordo com cada uma das suas palavras, Myra, e agradeço-lhe.
Ótima semana.
Beijos
E verdade, Adriana, ainda há muitas que esperam.
Agradeço-lhe pela visita, leitura e comentário.
Ótima semana.
Beijos
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