terça-feira, fevereiro 23
que me esqueça
ilustração: Peter Paul Rubens
"Daniel na cova dos leões"
espero a morte como se ela viesse serenamente
anunciar-me que é a hora de um último poema
e vendo-me hesitante na escolha das palavras
sugerisse-me a alternativa de um tema diferente
e, além disso, que pudesse iluminar a minha mente
fazendo-me recordar de cada esquecido instante
incentivando-me, contudo, a olhar para diante
como se a morte não fosse o fim, fosse somente
um passo a cumprir em uma infinita caminhada
da qual cada etapa fosse melhor que a já cumprida
assegurando-me que há outra vida após a vida
e que a minha incredulidade foi uma escolha errada
sempre ansiei que a minha razão não prevaleça
como isso é duvidoso: que a morte me esqueça.
Fred Matos
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20 comentários:
Fred
Como sempre mais um belo poema.
este fala-me ao meu sentir.
espero a morte como se ela viesse serenamente
anunciar-me que é a hora de um último poema
e vendo-me hesitante na escolha das palavras
sugerisse-me a alternativa de um tema diferente
Lindo
beijinhos
Sonhadora
Muito bom este teu poema.Mas demora tanto a entrar o teu blogue. A que se deverá?
Também gostaria de ver poemas teus na nossa lista...Um abraço
Belos pensamentos, amigo! Tem algo do "Consoada" de Bandeira aí... Abração
... momento único, nada razoável, mas racionalizado (inutilmente)...
felicidades, fred!
Que lindo Fred... Bjs
Fé ou não-fé, o que é, é - independe de nossa crença... por certo a verdade há de surpreender a todos: ateus, agnósticos, deístas, teístas e até puristas... :)
Belo texto, seguindo cá...
Morte a nossa única certeza, depois disso são só incertezas.
BeijooO'
Deixa-me contente que você goste, Sonhadora e agradeço-lhe a visita e comentário.
Beijos
Eu não sei, Amélia: já muitas pessoas que reclamam, eu já entrei usando diversos computadores e navegadores e só encontro dificuldade quando acesso pelo Internet Explorer, mas não sei a que se deve.
Agradeço-lhe a presença e comentário.
Beijos
Obrigado, Fabio. Deixa-me contente que você goste.
Grande abraço
A inutilidade é sempre a melhor opção, Henrique, e se calhar, tudo é inútil: a poesia, a vida, a morte...
Agradeço-lhe a visita e comentário.
Abraços
Que bom que você gostou, Lai. Deixa-me contente e agradeço pela sua visita e comentário.
Beijos
"por certo a verdade há de surpreender a todos"
Não pretendo ter razão em coisa alguma, Francisco, talvez por isso é que tenho dificuldade inclusive para alcançar o sentido mais profundo de algumas palavras, entre elas a palavra verdade Provavelmente isso me põe em desvantagem, na desvantagem de não me surpreender.
Agradeço-lhe a visita, leitura, comentário e por acompanhar o blog.
Grande abraço
E antes também, Valéria.
Deixa-me contente a agradeço-lhe pela leitura e comentário.
Beijos
Belo e intenso! =)
A morte não esquecerá ninguém! rs
beijos
Que belo poema, Fred amigo.
Eu sinto tanto não entrar sempre aqui. Sabe como fiz agora? Cliquei lá nos meus favoritos e fui almoçar. Quando voltei, estava a página aberta.
"A morte não esquecerá ninguém! rs"
Pô, Luh, deixe-me sonhar que ela me esquecerá. (risos).
Quanto a você, espero que não esqueça de vir mais vezes aqui.
Obrigado.
Beijos
Pois é, Gerana. Infelizmente você é uma das pessoas, assim como Dila, Nina, Amélia, e outras, que têm dificuldade para acessar a página. Eu já diminui a quantidade de mensagens exibidas, deixei de colocar links para o youtube, entre outras coisas para tentar deixar o blog mais leve, e parece que nada disso deu resultado. Talvez um dia alguém que entenda mais de informática me dê a receita.
Agradeço-lhe a paciência, a visita e o comentário.
Beijos
Belíssimo, Fred!
Gostaria que a própria morte escrevesse meu último poema!
Parabéns, poeta!
Beijos
Mirse
Mirse,
Morte e vida são as faces da mesma moeda, e são elas, sim, que escrevem não apenas o último, mas todos os nossos poemas.
Sentia a sua ausência.
Bom vê-la aqui outra vez.
Obrigado.
Beijos
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