sexta-feira, junho 11

diálogo




Por falta de texto novo, trouxe este diálogo com a minha amiga Carla Luma, do blog lua azul:

O primeiro poema é de Carla, que o postou como comentário ao meu poema sonata sonolenta , publicado aqui no blog no dia 8 de Abril.
O segundo é a minha resposta


Carla Luma:

Decifra-me ou te devoro
te devorarás se me decifras

Qual palavra não se diz,
porque dita contradiz-se?

Lançaste-me pistas falsas
ou não há pistas,
apenas mentiras?

E dando o não dito por dito
e o dito por vice-versa:
qual o enredo data peça?


Fred Matos:

Decifre-te a ti mesma
pois decifrar-me é vão

A palavra que não se diz
desdita não a encubro

As pistas estão contudo
inscritas e verazes
nas próprias perguntas que fazes

E dando o dito por explícito
e o implícito no último ato
não escrevo pra teatro.



16 comentários:

dade amorim disse...

Deve ser o astral, mas a verdade é que estamos todos trazendo boas companhias para os blogs - e ganhando com isso, é claro.

Ficou uma graça, o diálogo.

Beijo pra você.

Carla Luma disse...

Você nem me avisou, menino.
Beeeeeeeiiiiiiijo

Fred Matos disse...

Obrigado, Adelaide.
Deixa-me contente que você goste.
A Carla é uma boa amiga. Visite o blog dela: recomendo, sobretudo, os contos.
Beijos

Fred Matos disse...

Precisava avisar, querida?
Espero que você não se zangue.
Beijos

Daniela Delias disse...

Querido Fred! Aproveito o espaço que se abre nesse belo diálogo para agradecer o teu comentário acerca dos nossos labirintos e caminhos cruzados. Quando escrevi Labirinto pensava justamente em um poeta e nessa coisa mágica que faz com que as pessoas que escrevem consigam ler as asas umas das outras...bjo grande!

Patricia disse...

querido amigo, hacía mucho que no pasaba por aquí y me encantó lo primero que ví, preciosa foto!!
por lo demás, como siempre te veo siempre acompañado de linda gente, de alto astral!!!
un abrazo fuerte!

nina rizzi disse...

fred, e dade, a gente já é bunito, mas o coletivo é lindo! "nós dois, sozinhos, não somos nada; juntos, constituímos uma multidão", livre tradução de ovídio.

beijos, camarada.

jugioli disse...

Lindo poema, e lindas imagens da Itália.

bjs

Fred Matos disse...

Não tem nada a agradecer, Daniela. A sua poesia é de primeira e o meu comentário faz justiça.
Agradeço-lhe pela visita.
Beijos

Fred Matos disse...

Agradeço-lhe por vir, comentar e pela amizade, Patricia.
Beijos

Fred Matos disse...

É verdade, camarada Nina. Ontem eu e Dila tomávamos um vinho e ela me falou que você é uma pessoa que ela gostaria de conhecer. Portanto, se um dia vier pra essas bandas alagoanas não deixe de nos avisar.
Beijos

Fred Matos disse...

Obrigado, Jugioli, também por acompanhar o blog.
Beijos

...EU VOU GRITAR PRA TODO MUNDO OUVIR... disse...

Muito bom,verdadeiro presente para quem vem visitá-lo!

Os dois são poemas de primeiríssima qualidade!!

Um beijo!

Sonia Regina.

Fred Matos disse...

Grato,Sonia Regina.
Beijos

Úrsula Avner disse...

Belo e intenso Fred ! Seu cuidado e intimidade com as palavras encanta ! Um abraço.

Fred Matos disse...

Obrigado, Úrsula.
Beijos

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