Iosif nasceu em Bucareste, em 30 de abril de 1924. Estudou na Romênia, na Inglaterra e no Rio de Janeiro, para onde se mudou em 1940. Engenheiro, formado em 1949, trabalhou mais de quarenta anos construindo rodovias, ferrovias, hidrelétricas e na eletrificação.
A vida nômade permitiu-lhe conhecer intimamente o país e nossa gente. Aposentou-se em 1992. Para ocupar o tempo vago, participou de uma oficina literária com o escritor Flávio Moreira da Costa, durante cinco anos.
Seu primeiro livro —Comissário Alfredo (Editora Record) — foi editado em 1995. Depois, vieram: Os Anjos Também Morrem (romance policial, Editora Altos da Glória, 1997); Encontro em Salvador(romance, Papel & Virtual Editora, 1998); Eles, Eu, Outros (poesia, Papel & Virtual Editora, 1999); Minha Doce Empreiteira (romance policial, Papel & Virtual Editora, 2000); Tudo por Nada(romance, Papel & Virtual Editora, 2001); Confissões (poesia, Papel & Virtual Editora, 2001);Preto & Branco (poesia, Papel & Virtual Editora, 2002); Memória Tumultuada (memórias, Papel & Virtual Editora, 2002); Eu Vi (poesia, Papel & Virtual Editora, 2003); Abelardo e Outros Contos (contos, Papel & Virtual Editora, 2004); Eu, Investigador (romance policial, Papel & Virtual Editora, 2004) e O Diabo Vestia Seda (romance policial, Publit Editora, 2006). Em 2005, foi publicado na antologia Crime Feito em Casa — Contos Policiais Brasileiros (org. Flávio Moreira da Costa, Editora Record).
Para homenagear o amigo publico um poema dele e um que escrevi para ele e publiquei no livro “Anomalias”
Infâmia
Um povo caiu na armadilha
depois daquela tragédia
o milagre de uma Pátria
mas ainda o caminho sem flores
vitoriosos permanecem vencidos
sua coragem é o choro dos filhos
calmaria feita de tempestades
terra submersa em infâmias
crianças indefesas e pais exaustos
se afogam nas areias do solo sagrado
piedoso Jeová permita o sacrifício
que nos aniquilem de vez, por toda vez
os Poderosos prometeram Paz.
Iosif Landau
Fado
[para o amigo Iosif Landau]
Na selva de asfalto concreto e aço,
na rotina da luta pela sobrevivência,
não há força além da aparência
nem paz a quem abraça o cansaço.
Pouco a pouco, sem que percebamos,
vestimo-nos com essa vã armadura
e poucos se dão conta da loucura
onde, desde a infância, navegamos.
Assim, perdidas as afeições humanas,
amesquinhamo-nos na individualidade
e iludimo-nos buscando a felicidade
nas celas estreitas das nossas cabanas.
Mas há os que transcendem este fado
no abraço fraterno do amigo resgatado.
Fred Matos
publicado em "Anomalias".
Editora Kelps
Setembro/2002